Ambulantes reclamam das vendas, mas são favoráveis ao protesto na Capital
Pessoas ainda chegam à Praça do Rádio
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Pessoas ainda chegam à Praça do Rádio
Mesmo que o caixa esteja vazio no final do dia, os vendedores ambulantes que foram à Praça do Rádio para comercializar produtos aos manifestantes não estão alheios ao motivo que levou o Brasil às ruas novamente. A maioria, além de vender lanches, acessórios nas cores da bandeira nacional e bebidas em geral, têm opinião formada sobre o atual cenário político. O consumo, eles relatam, ainda está fraco, porém, pior ainda está a situação do País.
Um adolescente de 15 anos, residente do Jardim Colorado, está na praça com o tio para vender camisetas e bandeirinhas do Brasil. Mesmo sem idade o suficiente para votar, ele alega que se os governos de firma geral proporcionassem qualificação profissional aos jovens, não seria necessário que ele estivesse ali. “Tudo seria diferente”, disse.
Merendeira por profissão, Osmarina Luiza Santos, 43 anos, foi ao protesto para comercializar vários tipos de lanche. Com ajuda do marido e da filha de 14 anos, ela explica que precisa recorrer aos ‘bicos’ para complementar a renda da casa. “Eu apóio o movimento. Sou favorável às reivindicações. Não tenho benefício algum do governo, por isso tenho que trabalhar tanto. E as vendas aqui ainda estão fracas, não teve muita saída (o lanche)”, contou a moradora do Jardim Pênfigo.
A situação está tão crítica que até mesmo uma professora, que preferiu não se identificar, está vendendo bebidas em geral no manifesto. “É a primeira vez que venho vender em protesto. Por enquanto estou achando bem fraco o movimento, mas vou ficar até o final para ver se melhora”, explicou. Ela completou dizendo saber que o voto do brasileiro não tem muito valor. “E não tem que tirar só a Dilma não. Tem que tirar todo mundo pra mudar de verdade”.
Histórico – Este ano dois manifestos de grande proporção já ocorreram no Brasil. A onda de protestos ganhou força em julho/julho de 2013 quando o país parou com o ‘Vem pra Rua’, que levou milhões de pessoas às ruas de todos os estados e virou manchete internacional. Tudo começou quando o Governo Federal autorizou aumento na tarifa do transporte público nas cidades brasileiras. Em Campo Grande sempre houve adesão.
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