Prazo para despejo corre e vereadores querem pagar dívida com R$ 8 milhões do duodécimo

O despejo dos vereadores parece iminente. Isso porque o ano está se encerrando e a dívida ainda não foi paga, nem outro lugar determinado para instalação da câmara foi definido pelo prefeito Alcides Bernal (PP). O advogado dos donos do prédio, André Borges, informou que não há interesse em manter o contrato, mesmo quitando as […]

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O despejo dos vereadores parece iminente. Isso porque o ano está se encerrando e a dívida ainda não foi paga, nem outro lugar determinado para instalação da câmara foi definido pelo prefeito Alcides Bernal (PP). O advogado dos donos do prédio, André Borges, informou que não há interesse em manter o contrato, mesmo quitando as dívidas. Já o presidente da câmara disse que uma das sugestões apresentadas a Bernal foi de usar os R$ 8 milhões da sobra orçamentária de 2013 para negociar a compra do local.

André Borges informou que o prazo vence no final de fevereiro. “Já tentaram suspender o despejo, tentaram medida cautelar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o certo é que dessa vez está correndo o prazo. A prefeitura já foi notificada e no final de fevereiro eles têm que sair”, frisou. Questionado sobre a possibilidade de retomar o contrato de aluguel, Borges disse achar difícil. “Lá atrás havia essa possibilidade de conversar para continuar inquilino.Mas agora o que a Haddad quer é o prédio de volta para alugar para outras pessoas”, explicou.

Procurado pela reportagem, o presidente da Casa de Leis explicou que o problema foi criado pelos prefeitos, tirando a acusação de que os vereadores são caloteiros. “Bernal ficou de apresentar no dia 15 de outubro ao MPE uma solução para resolver esse problema, mas não o fez. Com isso fica caracterizado que não foi a câmara que criou o problema, mas que é dos prefeitos, seja do que saiu, e do que entrou. Isso desmistifica a acusação de que vereador é caloteiro”, falou.

O vereador disse que assim como nos outros anos a Câmara vai devolver dinheiro e que cabe ao prefeito dar a solução. “Infelizmente vejo que vai chegar março e não vai resolver e quem vai ser prejudicado com isso é Campo Grande. Mas quero dizer que a Câmara não vai parar. Somos representantes do povo e as sessões vão continuar acontecendo, nem que pra isso tenhamos que ir pros bairros, escolas municipais e outros”, afirmou.

Mário César fez questão de lembrar que todas as propostas apresentadas pela Casa não foram levadas em consideração pelo prefeito. “Uma das sugestões foi pegar R$ 8 milhões que devem sobrar do duodécimo, pagar o valor venal e depois o resto do valor de comercialização em cinco anos. Calculo que seja R$ 20 milhões, entre a dívida e o valor do prédio. E a outra proposta é dar os R$ 8 milhões agora e depois parcelar o restante nos próximos dois anos. O valor do prédio calculo que esteja hoje entre R$10,8 milhões e 11,2 milhões”, finalizou.

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