Comissionados dizem ser contra cassação de Bernal e admitem medo de perder cargos

Cansados, alguns funcionários que continuaram no Plenário da Câmara desde a abertura da sessão, no começo da manhã, admitem que estão preocupados com a própria situação.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Cansados, alguns funcionários que continuaram no Plenário da Câmara desde a abertura da sessão, no começo da manhã, admitem que estão preocupados com a própria situação.

O plenário da Câmara Municipal de Campo Grande continua cheio de manifestantes a favor do Prefeito Alcides Bernal (PP). Alguns negam, porém há vários servidores nomeados pelo prefeito que esperam por uma decisão que confirme a suspensão do trabalho da comissão que pode cassar o mandado de Bernal.

Contra a cassação, a contadora Regina Célia 48 anos, assume que tem cargo na prefeitura e afirma que é contra a cassação do prefeito.  “Tenho cargo na prefeitura e estou pensando em mim”, admite.

Um dos que assumiu ser servidor público foi Vandival Miranda, 41 anos. Se posicionando contra a cassação do prefeito, ele diz estar ansioso pela decisão do Tribunal de Justiça. Mas diz acreditar que Bernal não será cassado. “Tem que respeitar o voto do povo”, afirma.

Para a assessora técnica Ester Cabral, os vereadores não tem o direito de tirar Bernal do poder. Ela classificou a possível cassação como uma injustiça. Questionada se crê ou não na decisão negativa ao prefeito, ela diz acreditar também na justiça divina. “Acredito na justiça divina. Ele [Deus] estava vendo o que está acontecendo”, profetiza.

A pedagoga Maria de Lourdes, 55 anos, diz que não há motivos para cassar o prefeito e que a tentativa de cassação seria um golpe político. “Caso a cassação aconteça, o povo vai ter que buscar novo caminho para reverter a decisão”, pondera.

(Matéria editada às 15h25 para correção de informação)

Conteúdos relacionados

tiago vargas