Vereadores aliados de Bernal e Puccinelli não se entendem e racham Grupo dos 18

Em reunião na noite desta sexta-feira (28) o grupo de 18 vereadores saiu do jeito que entrou na reunião: com as candidatura de Mário Cesar (PMDB), representando Puccinelli, e da Vereadora Rose Modesto (PSDB), indicada por Alcides Bernal.

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Em reunião na noite desta sexta-feira (28) o grupo de 18 vereadores saiu do jeito que entrou na reunião: com as candidatura de Mário Cesar (PMDB), representando Puccinelli, e da Vereadora Rose Modesto (PSDB), indicada por Alcides Bernal.

Aconteceu o que já era esperado pela maioria dos vereadores mais experientes da Câmara de Campo Grande. O chamado “Grupo dos 18”, criado para eleger o presidente da Casa, esbarrou na barreira já anunciada: o difícil consenso entre um grupo dividido entre aliados do governador André Puccinelli (PMDB), que há pelo menos 18 anos fazem tudo o que o PMDB quer na Câmara, e de aliados do prefeito Alcides Bernal (PP), que ainda luta com o revanchismo da derrota eleitoral do PMDB de Edson Giroto (PMDB).

Em reunião na noite desta sexta-feira (28) o grupo de 18 vereadores saiu do jeito que entrou na reunião: com as candidatura de Mário Cesar (PMDB), representando Puccinelli, e da Vereadora Rose Modesto (PSDB), indicada por Alcides Bernal.

Na saída do encontro o clima entre os vereadores era de constrangimentos e poucos quiseram falar. Para disfarçar o anunciado racha, preferiram dizer que o presidente sairia do grupo. “Vamos eleger o presidente”, disse Airton Saraiva (DEM), um dos opositores de Bernal na Câmara.

A vereadora Thais Helena (PT) analisou que outra disputa está iniciando e como 18 já se definiram, faltava os vereadores brigarem pelos votos dos 11 que completam os 29 que chegam a Casa em 2013. O número 11 agradou a vereadora Rose Modesto. “Onze. Será que é um sinal?”, declarou a vereadora, em referência ao número usado por Bernal para derrotar Giroto.

A disputa pela presidência promete ser acirrada, já que entre os 18 ainda há dúvida quanto ao voto. O vereador Carlão (PSB) é um dos que podem mudar. Ele conta que hoje defende a candidatura de Mário Cesar, mas que tudo pode acontecer. O vereador não descarta a possibilidade de votar em Rose caso faça um entendimento com o prefeito eleito, Alcides Bernal.

Puccinelli declarou por diversas vezes que não “meteria o bedelho” na disputa, mas chamou Edil Albuquerque (PMDB) e Mário Cesar (PMDB) para a missão de, como ele mesmo declarou, “segurar Bernal” na Câmara. O prefeito eleito também não ficou parado e reuniu vereadores do Grupo dos 18 e independentes para lançar a candidatura da vereadora Rose Modesto (PSDB). Era o início do fim do grupo dos 18.

Diante do colapso, os vereadores foram obrigados a se reunirem no final da tarde de ontem (27) para tentar o último suspiro. Ao fim da reunião, informaram que três continuariam na disputa: Rose, Mário Cesar e Flávio Cesar (PTdoB). Indicada de Bernal, Rose aguardaria a definição do grupo de Puccinelli, para saber se enfrentaria Mário ou Flávio dentro do Grupo dos 18.

Na tarde desta sexta-feira (28), ficou definido que Mário Cesar seria o candidato de Puccinelli, o que desagradou o grupo de Bernal, já que Mário Cesar foi um dos responsáveis pela aprovação de projetos que reduziram a autonomia de Bernal na Câmara. Sem consenso, o grupo rachou a cinco dias da eleição. No início de legislaturas a briga sempre foi acirrada para a presidência da Câmara. O prefeito Nelsinho Trad (PMDB), por exemplo, chegou à presidência da Câmara no dia da votação, quando virou o jogo e venceu Matozinhos.

Além de Rose e Mário Cesar, também disputam a presidência da Câmara os vereadores Edil Albuquerque e Jamal Salém (PR). Siufi também declarou que pode tentar a reeleição, caso seu nome seja o melhor para garantir a independência do Legislativo.

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