Temendo ataques, vereadores evitam lançar candidatura para presidência da Câmara

Grupo de 17 vereadores que luta pela presidência da Câmara conseguiu uma tarefa difícil: reunir partidos rivais como PSDB, PDT, PR, PT e PMDB para tentar chegar ao posto

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Grupo de 17 vereadores que luta pela presidência da Câmara conseguiu uma tarefa difícil: reunir partidos rivais como PSDB, PDT, PR, PT e PMDB para tentar chegar ao posto

O grupo de 17 vereadores que luta pela presidência da Câmara conseguiu uma tarefa difícil: reunir partidos rivais como PSDB, PDT, PR, PT e PMDB para tentar chegar ao posto. Agora, passada a etapa de reunir um grupo em busca de consenso, os vereadores trabalham para escolher um nome que represente a maioria.

A escolha segue em sigilo, com uns mais afoitos, mas cautelosos. O segredo é adotado para evitar interferências de líderes políticos, que possam obrigar vereadores a derrubar candidaturas, rachando o grupo.

Na corrida pela presidência, candidatos que saíram como favoritos, por agradar a maioria, Rose Modesto (PSDB) e Mário César (PMDB), adotaram uma postura diferente e seguem na briga, mas de maneira mais tímida. Os vereadores seguem com o discurso de que serão candidatos somente se maioria quiser, sem entrar na disputa.

“Cada um tem seu perfil e estratégia. Eu entendo que nós temos que discutir e ungir um nome. É isso que estamos fazendo. Discutindo semanalmente e mantendo a unidade do grupo”, esclareceu Mário César. O vereador ressalta que há dois pensamentos na corrida pela presidência: o que entende que quem chega primeiro bebe água limpa e os que lembram que quando começam a mexer a água suja rapidamente.

Mário César acredita que o fato de pertencer ao PMDB não atrapalha seus planos e ressalta que a eleição já acabou. “Uma coisa é a eleição. Eu escolhi um candidato. Outra é a governabilidade. Tenho que torcer para ele (Bernal) dar certo. Se der errado vai dar errado para todo mundo”.

O vereador Paulo Pedra (PDT) também pertence ao grupo de 17 vereadores, mas pensa diferente de Mário César. Ele entende que o presidente não será “aclamado” e precisa se articular. “Se não trabalhar, não será o presidente. Os interessados têm que se articular”. Pedra concorda com Mário César no que diz respeito ao tempo. Ele também entende que ainda é cedo para fazer campanha.

Flávio César (PTdoB) também segue a estratégia de não se lançar como candidato. Ele ressalta que ninguém é candidato de si mesmo e, por isso, diz estar à disposição do grupo. Apesar disso, não esconde o desejo do partido de elegê-lo para a presidência.

A vereadora Grazielle Machado (PR) também é uma das pré-candidatase adota o discurso de que o presidente deve ser escolhido e não se escolher. Graziella tem como vantagem o voto já declarado do atual presidente, Paulo Siufi (PMDB) e do colega de partido, Dr. Jamal. Soma-se a isso a influência do pai dela, Londres Machado (PR), presidente da Assembleia Legislativa por sete vezes.

O grupo de vereadores ainda tenta trazer novos parlamentares. Porém, a escolha é criteriosa para que os demais somem e não dividam. Atualmente a chapa é composta por Grazielle Machado, Carla Stephanini (PMDB), Mário Cesar, Vanderlei Cabeludo (PMDB), Flávio Cesar, Carlos Augusto Borges (PSB), Airton Saraiva (DEM), Otávio Trad (PTdoB), Paulo Pedra, Eduardo Romero (PTdoB), Elizeu Dionizio (PSL) , Alceu Bueno (PSL), Thais Helena (PT), Rose Modesto, João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS) e Edson Shimabukuro (PTB).

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