Retrospectiva: Assembleia blinda Puccinelli e nega pedido do STJ para processá-lo

MAIO – Depois de quase seis meses de polêmica, a Assembleia Legislativa ratificou, dia 29 de maio, decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e negou o pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar o governador André Puccinelli (PMDB). Dos 24 deputados estaduais, 15 votaram contra o pedido, quatro a […]

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MAIO – Depois de quase seis meses de polêmica, a Assembleia Legislativa ratificou, dia 29 de maio, decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e negou o pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar o governador André Puccinelli (PMDB). Dos 24 deputados estaduais, 15 votaram contra o pedido, quatro a favor e cinco não estavam presentes na hora da apreciação do requerimento.

Na Ação Penal 664, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que Puccinelli trocou a Área do Papa em dezembro de 2004, “antes da finalização das obras” e, supostamente, sem a devida licitação. Ele também é acusado de falsidade ideológica por ter assinado escritura do terreno sem ter recolhido imposto necessário para efetivar a transação. Além disso, segundo o Ministério Público, o terreno da prefeitura foi alienado bem abaixo do preço de mercado da época.

A Ação Penal 665 é relacionada à privatização da antiga Águas de Campo Grande, que teria ocorrido em troca de obras públicas custeadas pela União e superfaturadas. Ainda segundo o MPF, a prefeitura não recebeu as devidas contrapartidas contratuais.

Com a decisão dos deputados, a investigação contra Puccinelli só poderá seguir após a conclusão do seu mandato, em 2015. Pela Constituição Federal, governadores e o presidente da República só poderão ser alvos de processo com o aval do Poder Legislativo. Contrária à norma, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ingressou com várias ações para mudar a legislação.

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