TJMS conclui que comerciante não teve envolvimento na morte de vereador de Alcinópolis

Ademir Luiz Müller foi descaracterizado como envolvido no crime, seja direta ou indiretamente.

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Ademir Luiz Müller foi descaracterizado como envolvido no crime, seja direta ou indiretamente.

Por decisão da desembargadora Marilza Lúcia Fortes, relatora do processo sobre o assassinato do vereador então presidente da Câmara de Alcinópolis, Carlos Antônio Carneiro, em novembro do ano passado, o comerciante Ademir Luiz Müller foi descaracterizado como envolvido no crime, seja direta ou indiretamente.

Ademir, conhecido como Gauchinho da Relojoaria, tinha sido preso no dia 20 de julho junto com uma funcionária da prefeitura como a mulher que teria um relacionamento amoroso com Ireneu Maciel, o homem que atirou contra o vereador em Campo Grande. Além disso, vereadores também foram presos em Alcinópolis e trazidos para a Capital.

Gauchinho tem uma autorizada exclusiva de uma opeadora de celulares na cidade. Segundo ele, a justificativa de sua prisão foi porque foi constatado pela delegada responsável pelo inquérito na 1ª DP de Campo Grande, Rozeman Rodrigues de Paula, que havia uma ligação de 38 segundos de um celular dele para o de Ireneu Maciel, no dia 15 de setembro.

Outra justificativa apresentada pela delegada para ter pedido a prisão dele é que no dia 3 de outubro, data que ocorreram eleições, foram encontrados registros de 15 ligações do celular dele para o prefeito Manoel Nunes (PR) que também foi preso por ser o suposto mandante do crime.

“Somos a única autorizada desta empresa na cidade. Toda vez que chega um cliente com um celular reclamando de algum serviço como chiado, a gente pega o celular da loja e liga pra testar. Como eu ia adivinhar que aquele homem (Ireneu) ia matar o vereador, que inclusive era meu amigo e o irmão dele é meu contador?. Além disso, como agente exclusivo não posso negar atendimento a ninguém”, explica Gauchinho.

Sobre os registros das 15 ligações no dia eleição entre ele e o prefeito, Ademir defende que tanto ele quanto Manoel Nunes trabalharam por um candidato em comum a deputado estadual. “No dia da eleição eu trabalhei como fiscal, então é normal ligação entre as pessoas que defendem a eleição de certa pessoa ficar se comunicando, até em caso de suspeita de fraude ou compra de voto para que alguma atitude seja tomada”, diz.

O comerciante afirma que foi ouvido uma única vez três dias depois de ser conduzido para uma das celas provisórias da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) para onde os vereadores também foram trazidos. Com a decisão da desembargadora, também foram devolvidos os objetos apreendidos de propriedade do comerciante sendo um computador portátil, celulares, agendas e outro computador.

Exceto os três homens já caracterizados como executores e intermediador do crime, todos os supostos envolvidos na morte de Carlos Antônio já saíram da cadeia, sendo o último o prefeito Manoel Nunes, quando conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, no dia 28 de setembro, com soltura um dia depois.

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