Puccinelli acha que relação do PT com PMDB não será afetada mesmo com derrota governista
Mesmo tendo apoiado o tucano José Serra nas eleições para governador, o reeleito André Puccinelli que é peemedebista e teoricamente da base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT) acredita que a derrota do governo federal na votação do Código Florestal, na noite desta terça (24), tenha afetado as relações entre seu partido e a gestão […]
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Mesmo tendo apoiado o tucano José Serra nas eleições para governador, o reeleito André Puccinelli que é peemedebista e teoricamente da base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT) acredita que a derrota do governo federal na votação do Código Florestal, na noite desta terça (24), tenha afetado as relações entre seu partido e a gestão da petista.
Em Mato Grosso do Sul os aliados PT e PMDB são arquirivais e nunca comungaram da mesma hóstia. Tanto é que durante a campanha, Dilma Roussef (PT), na época subiu no palanque de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, adversário de Puccinelli.
Dilma Rousseff quando ainda era ministra-chefe da Casa Civil era chamada por André de “fada madrinha” e como os rumores sobre a candidatura dela à presidência da Republica era grande.
O governador sempre falava que Dilma era a noiva e depois que ela de fato apoiou o candidato do PT ao governo do Estado alardeou que foi “abandonado no altar”.
Puccinelli disse em entrevista ao R7 que a resistência em dar autonomia aos Estados para regularizar as áreas de preservação não passa de medo de dividir poder.
Ontem, durante a votação do código floresta, a bancada do PMDB que é a maior aliada do PT de rebelou e votou contra a orientação do governo federal e endossou a emenda 164, proposta que altera o texto do código.
Aprovada por 273 votos a 182, a medida dá aos Estados, e não mais ao governo federal, o poder de legislar sobre o uso das APPs (Áreas de Preservação Permanente).
Curiosamente, André criticou o governo federal dizendo que a União tem medo de dividir o poder, no entanto, nos mandatos em que o peemedebista está no comando do executivo estadual todas as decisões são tomadas sobe a sua batuta. “O medo dos governos é dividir poder. Quando se tem fé no taco, você tem de dividir poder”, explica
A bancada do PT na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul acredita que a conduta de André é extremamente autoritária. Fato que, pois em questão esse autoritarismo foi quando na semana passada foi votado o reajuste salarial para servidores. Na ocasião não houve manifestantes, faixas e pouco menos sindicalistas na Casa de Lei.
O deputado de cinco legislaturas, Antônio Carlos Arroyo (PR), disse estar surpreso com o fato de uma votação de reajuste salarial ser tão calma e sem nenhum manifestante. “Eu tenho 17 anos de casa e nunca vi uma votação assim, sem protesto sem nada. Isso é inédito”, explica.
Já o deputado petista Pedro Kemp diz que a falta de sindicalistas e manifestações na sessão desta quarta-feira foi em razão do autoritarismo do governador André Puccinelli (PMDB). ”Tenho dez anos de Casa e nunca vi isso. Votação de reajuste salarial sem ninguém” avalia.
O petista argumenta que a forma que o governador negocia com os sindicalistas os desmotiva. “Ele fica ameaçando os sindicalistas. É um governo autoritário que desmobiliza as categorias”, explica
Na votação de ontem, todos os partidos da base aliada tiveram dissidentes que votaram contra o entendimento do governo, contrário à emenda 164.
As maiores traições ocorreram no PMDB, no PSC e no PCdoB, partido ao qual pertence o relator da proposta do novo código, Aldo Rebelo (SP).
No PMDB, 72 parlamentares – o correspondente a 98,63% da bancada – votaram contra o governo. Apenas o deputado Camilo Cola (PMDB-ES) acompanhou o Planalto, e outros seis peemedebistas faltaram à votação.
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