Puccinelli sofre pressão até do próprio partido por cargos de alto escalão no governo de MS

Governador quer manter no primeiro escalão e em cargos estratégicos nomes da primeira gestão, segundo parlamentares. Mas já enfrenta pressões de partidos aliados e até do próprio PMDB.

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Governador quer manter no primeiro escalão e em cargos estratégicos nomes da primeira gestão, segundo parlamentares. Mas já enfrenta pressões de partidos aliados e até do próprio PMDB.

O governador André Puccinelli (PMDB) tem como objetivo manter no primeiro escalão e em cargos estratégicos os mesmos nomes de sua primeira gestão, segundo parlamentares próximos. Contudo, Puccinelli enfrenta pressões de partidos aliados que querem ampliar espaço e até do próprio PMDB que iniciou investida pela indicação de técnicos para cargos estratégicos.

O presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, disse ao Midiamax que o partido está oficialmente reivindicando mais espaço no governo estadual. Ele afirma que no primeiro governo de Puccinelli, a participação do PMDB “foi ínfima”.

O dirigente conta que há disponibilidade de quadros para ampliar a presença do partido na segunda gestão de Puccinelli. Ele não cita nomes e nem pretensos cargos, contudo, reitera: “queremos participar mais efetivamente”.

Atualmente, das 11 pastas do primeiro escalão, por exemplo, 10 são comandadas por nomes da indicação pessoal de André Puccinelli.

Apenas uma, a secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo, é comandada por uma indicação de partido aliado. A empresária rural Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias foi um nome apresentado pelo PSDB. Os tucanos querem manter o espaço.

O PMDB, por sua vez, quer que Puccinelli encontre espaço para acomodar gente do partido. “Se tem cargos técnicos para se preencher tem de ser do PMDB. Não precisa ser de fora da legenda”, argumenta Esacheu.

Contudo, sabe-se que o próprio governador estuda aproveitar, por exemplo, o deputado estadual Youssif Domingos, do PMDB, que não conseguiu se reeleger em outubro em algum cargo de sua administração, mas ainda não sabe em qual.

Na Assembleia Legislativa, deputados de partidos aliados confirmam que aguardam chamado de Puccinelli para negociar espaço no governo e plano de governo.

“Estamos aguardando o chamado. Participamos da coligação e agora temos que ver a participação do governo. Não só no que diz respeito a cargos, mas também o programa de governo”, diz o líder do PR na Assembleia, deputado estadual Antônio Carlos Arroyo.

Segundo Arroyo, o partido “tem vários bons nomes para indicar” em caso de haver cargos disponíveis. Atualmente, o PR comando cargos do segundo escalão do governo como a MS Gás.

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