O anúncio do governador André Puccinelli, do PMDB, sustentando que o reajuste salarial dos servidores deve girar em torno de 4.5% desagradou alguns sindicalistas que representam a categoria.

A presidente do Sindsad, Lilian Fernandes, por exemplo, que representa os servidores da administração estadual, e que briga por um aumento de 30%, recordou-se de de uma declaração dada por Puccinelli dois anos atrás para criticar a proposta..

“Para justificar o pouco reajuste, ele [André] garantiu aos servidores que o setor de finanças do governo atravessava por um tenebroso inverno, que depois viria o outono, mas que a primavera chegaria. Então, aguardamos agora a primavera”, disse Lílian, que se reúne hoje à tarde com secretária Thiê Higushi (administração).

Comunicado emitido ontem pelo governo diz que o projeto que prevê o reajuste de 4.5% ao funcionalismo estadual deve ser levado para a Assembleia Legislativa ainda este mês. .

A nota publicada no site do governo afirma que a proposta do reajuste será elaborada com base em estudo preparado por uma equipe técnica formada pela Secretaria de Administração, Procuradoria-Geral do Estado e Consultoria Legislativa.

O governo explica que o trabalho elaborado para subsidiar o projeto de aumento salarial levou em conta as reivindicações dos servidores, as informações financeiras do Estado – referentes ao comportamento da arrecadação, queda de receita, custeio -, e as restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os gastos com pessoal.

Segue a justificativa estaudal: a queda da arrecadação e, de outro lado, a limitação do percentual da receita que pode ser utilizado para pagamento de pessoal são os principais fatores que influenciaram nos estudos. A análise recomenda que o reajuste não seja superior a 4,5%.

O projeto será examinado pelos deputados estaduais neste mês de março, para entrar em vigor em 1º de maio.