Universitário que atropelou e matou segurança a 83 km/h pega 9 anos, mas fica solto

Ele também foi proibido de dirigir pelo juiz

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Ele também foi proibido de dirigir pelo juiz

Quase quatro anos depois, o Tribunal do Júri condenou nesta sexta-feira o universitário Richard Ildivan Gomide, de 25 anos, pela morte do segurança Davi Del Vale, aos 31 anos, ocorrida em acidente na avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande, na madrugada do dia 31 de maio de 2012. A pena foi definida em 9 anos de reclusão para o crime de homicídio e mais 9 meses de detenção para o de fuga do local do acidente. O réu, porém, ficará em liberdade até o julgamento da apelação do resultado.

O juiz responsável pela sentença, Aluizio Pereira dos Santos, também determinou a ‘inabilitação’ de Richard para dirigir veículos, em razão das circunstâncias em que matou David, e exigiu a entrega em 24 horas da CNH (Carteira de Habilitação), caso o não tenha sido cassada pelas autoridades de trânsito.

A sentença destaca que, no dia do acidente, o jovem havia bebido durante uma festa em casa, depois foi a um motel com um amigo e uma garota de programa, onde consumiu mais álcool, e, na hora do acidente, falava ao celular – segundo ele com a namorada à época. Além disso, estava em alta velocidade, como destaca a sentença.

A perícia indicou que o Fiat Punto guiado por Richard estava a 83 quilômetros por hora, em uma via com velocidade máxima permitida de 50 quilômetros horários. A vítima, que era segurança e saia do trabalho em uma casa noturna, estava parada no semáforo. O segurança foi lançado a 38 metros de distância e a moto a 57 metros, conforme constatado pela perícia.

Personalidade agressiva

Após os jurados considerarem Richard culpado, ao definir a pena, o juiz avaliou que a personalidade do réu não pode ser considerada “normal”, citando o fato de ser considerado agressivo. Nesse sentido, conforme o magistrado, há depoimentos indicado que, na madrugada do crime, Richard brigou com o amigo com quem estava no motel por causa do valor da conta, quebrou o celular da garota de programa que estava com eles, tratou funcionários com agressividade e chegou a quebrar um equipamento na hora de pagar a fatura.

O MPE (Ministério Público Estadual) havia denunciado Richard por homicídio com o agravante de recurso que dificultou a defesa da vítima, mas essa qualificadora foi derrubada pelo Tribunal de Justiça. O Tribunal também concedou habeas corpus ao rapaz que permite a ele recorrer em liberdade da sentença.

Tanto a defesa de Richard quanto o a acusação, feita pelo MPE, podem recorrer do resultado.

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