Prevenção de crimes na fronteira tem efeitos além das divisas, diz Videira sobre operação em MS

Mais de 50 toneladas de drogas foram apreendidas durante operação

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Coletiva da Operação SulMaSSP (Mirian Machado, Midiamax)

O Secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), Antônio Carlos Videira, disse na manhã desta sexta-feira (10), em coletiva de imprensa sobre a Operação SulMaSSP, sobre a união entre os estados para que crimes fronteiriços sejam evitados, promovendo efeitos além das divisas.

Videira falou que a integração entre as polícias permite promover muito mais. “A prevenção de crimes fronteiriços tem efeitos além de nossas fronteiras e divisas”. O secretário ainda ressaltou a importância da intensificação de ações nas ‘portas’ de entrada de crimes como o tráfico de drogas que fomenta muitos outros. 

Durante a operação, que teve suas investigações iniciadas em 5 de outubro e depois a sua deflagração, foram apreendidas 50 toneladas de drogas e 3 mil pessoas presas. Cerca de 1.500 policiais atuaram em Mato Grosso do Sul e mais de 27 mil homens nos cinco estados atuantes em conjunto. 

Operação SulMaSSP

Mais de 400 policiais ocuparam as ruas da fronteira entre Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A ação teve início na segunda-feira (6) e envolve forças de segurança de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Além do forte efetivo de policiais, a operação, que está sendo denominada SulMaSSP, também chama a atenção pela mobilização de cinco helicópteros.

Além disso, só de São Paulo vieram 40 viaturas da Rota (Rondas Ostensiva Tobias Aguiar). Em cada uma delas vieram militares de elite que irão atuar também em Antônio João e Aral Moreira.

Durante a operação, Davi Moises Morinigo, de 22 anos, foi morto na noite de terça-feira (7), durante confronto com policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

Conforme informações apuradas pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, o rapaz respondia por furto e receptação e, no momento do confronto com policiais da Rota, portava uma pistola 9 milímetros.

A identificação do corpo de Davi foi possível após coletadas as impressões digitais pelos peritos. Até o momento, nenhum familiar da vítima compareceu ao necrotério.

Segundo o boletim de ocorrência, Davi teria corrido para o mato ao perceber a presença dos policiais e desobedecido à ordem de parada durante policiamento ostensivo na MS-164.

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