Selvíria fica chocada com crime de salgadeira que esquartejou marido após dar veneno de rato
Salgadeira deu veneno de rato para o marido e depois de sua morte o esquartejou
Thatiana Melo –
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Um crime brutal com requintes de crueldade e frieza cometido em Selvíria, a 399 quilômetros de Campo Grande, deixou a população da cidade de pouco mais de 6 mil habitantes chocada com a descoberta do assassinato. Uma mulher de 61 anos matou envenenado e esquartejou o marido de 64 anos, Antônio Ricardo Cantarin.
Uma das moradoras da pequena e pacata cidade conhecida como a Dádiva da Represa de Ilha Solteira, já que recebeu muitos operários para a construção da represa situada no rio Paraná, disse ao Jornal Midiamax ter ficado chocada com o crime.
A moradora, que não quis se identificar, relatou que conhecia a esposa de Antônio, e que ela era uma pessoa ‘normal’, trabalhadora e muito calma. “Ela até já tinha cuidado de uma senhora cadeirante que não tinha as pernas”, disse.
Segundo a moradora, a mulher vendia salgados a produtos de limpeza e geleias e nunca teriam desconfiado de nada. Sobre o fato da salgadeira dizer que era maltratada pelo marido, a moradora disse que ‘já caiu por terra’ este argumento e que ninguém acredita nesta versão.
Outro morador relatou, em depoimento dado à polícia após a descoberta do crime, que a salgadeira vivia saindo e deixando Antônio em casa sozinho. Antônio sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), tinha dificuldades de locomoção e precisava de cuidados constantes.
Segundo a autora, apesar dos cuidados, o marido, antes de sofrer o AVC, não a valorizava, ameaçando e dizendo que ela o roubava. Ela falou que era maltratada pelo homem e, como estava cansada de cuidar dele, resolveu matá-lo dando remédio de rato para ele.
O veneno foi dado a Antônio pela mulher no dia 22 deste mês por volta das 10 horas da manhã, sendo que ele morreu cerca de 8 horas depois. Ela teve a prisão preventiva decretada nesse domingo (28), em audiência de custódia e foi levada para o presídio.
8 horas para morrer
Segundo o delegado Felipe Rocha, a idosa disse ter dado veneno de rato para o marido por volta das 10 horas da manhã do dia 22 deste mês, sendo que Antônio morreu por volta das 18 horas.
O idoso passou mal na cama do quarto por um período de pelo menos 8 horas. Em depoimento, a salgadeira disse que depois de dar o veneno para o marido, ia de 10 em 10 minutos ao quarto para ver se Antônio tinha morrido.
Após perceber que o marido estava morto, já que ele ficou com os olhos vitrificados, ela colocou um lençol em cima do corpo e foi dormir em outro quarto da casa. Só no dia seguinte, preocupada com o que iria fazer com o corpo de Antônio, ela resolveu esquartejar a vítima.
Experiência em matar porcos
O tronco de Antônio foi colocado dentro de uma mala. A salgadeira deu em depoimento detalhes macabros de que foi difícil ‘acomodar’ o tronco do marido dentro da mala, devido ao tamanho e aos ossos do pescoço. A autora teria conhecimento de como desmembrar um corpo, já que segundo ela tinha experiência em matar porcos.
Depois, ela desmembrou pernas, braços e cabeça, que foram colocados dentro de sacos pretos e acondicionados dentro de um freezer, na sua casa. Com medo que começassem a dar falta de Antônio e o corpo começasse a cheirar mal, ela resolveu se livrar das partes.
Como a mala onde estava o tronco era pesada e a mulher não conseguia carregar sozinha, ela pediu ajuda a dois vizinhos para colocar a mala no carro. Eles ainda teriam questionado o peso e o mau cheiro, mas ela deu a desculpa de que na mala havia retalhos de pano e por ter colocado veneno de rato na casa, poderia haver bicho morto nos retalhos.
Ela foi até a estrada no sentido a Três Lagoas e jogou a mala na beira da rodovia voltando para casa depois. No outro dia, ela não conseguiu se desfazer do restante do corpo, pois o carro havia apresentado problema. Então conseguiu deixar as outras partes também na saída para Três Lagoas somente no dia seguinte.
Ela chegou a dizer para os vizinhos que parentes do marido haviam levado ele para tratamento em São José do Rio Preto, em São Paulo, depois de questionarem o sumiço de Antônio.
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