Promotor acusa ‘peça-chave’ da Omertà por mudar de lado após receber propina de Name Filho

Jamil Name Filho é apontado como o mandante do crime

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Promotor Moisés Casarotto (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O promotor Moisés Casarotto durante os debates desta manhã de quarta-feira (19), no julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios falou que Eliane Benitez Batalha, considerada peça-chave da Operação Omertà, mudou de versão logo após receber propina.

Eliane Benitez foi a peça-chave para a deflagração da Operação Omertà feita logo após a prisão de Marcelo Rios, com um arsenal de armas. No primeiro depoimento, Eliane disse que o marido fazia serviços para a família Name, e que estava preocupado com a morte por engano, de Matheus Coutinho, já que o alvo dos Name seria Paulo Xavier. 

Promotor entrega provas à defesa e ao júri (Nathalia Alcântara, Midiamax)

“Em 2020 ela recebia mensalinho da organização criminosa, por isso mudou a versão.”, disse Casarotto. O promotor ainda fala que um  dia depois da morte de Matheus, o pai ‘PX’ já sabia que o alvo era ele, e que até um hacker tinha sido contratado para encontrar o ex-militar.

Logo após, o promotor discorre sobre a cronologia do assassinato, desde a organização de como se daria o crime até a execução.

Imagens que esposa trocou com dinheiro na mão após suposto recebimento de propina (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Dia de debate

Neste terceiro dia, após as testemunhas e réus serem ouvidos, começam os debates entre acusação e defesa. Os debates têm tempo regulamentar da casa e cada um possui 30 minutos para explanar sua tese. E do debate participam os advogados dos réus, sendo:  

  • Defesa de Jamil Name é composta por Anderson Lima – de Brasília, o ex-ministro do STJ, Nefi Cordeiro e Eugênio Malavasi.
  • A defesa de Marcelo Rios é composta por Márcio Vidal e Luiz Renê Gonçalves. 
  • Vladenilson Olmedo tem em sua defesa os advogados Alexandre Barros Padilha, Márcio Sandim e Ewerton Belinatti da Silva.

Já a acusação é composta pelos promotores Douglas Oldegardo, Luciana Rabelo, Moisés Casarotto e pelo promotor do Gaeco, Gerson Araújo, além da assistente de acusação, mãe de Matheus, Cristiane Almeida.

Após os debates tem-se a réplica que pelo tempo regulamentar deve ser de 15 minutos e depois as tréplicas. Logo após os jurados, num total de sete, entre eles 5 homens e 2 mulheres, vão para uma sala secreta.

Na sala secreta, o conselho de sentença, como são chamados os jurados, recebem um questionário com perguntas, sendo que as respostas são: Sim ou Não. Após a votação de cada um é feita a contagem dos votos que é lida no plenário. 

Após isso, o juiz Aluízio Pereira dos Santos comunica a sentença que ele como magistrado vai aplicar aos réus, levando em consideração qualificadoras, mandante do crime e executores.