Onda de furtos na madrugada está tirando o sossego de comerciantes da Avenida Júlio de Castilho, na região de bairros como Santo Amaro, Vila Sobrinho, Silvia Regina, entre outros. De acordo com balanço da delegada Marília Britto, da 7ª DP, são 71 furtos somente este ano.

Um dos locais invadidos pelos bandidos foi uma loja de autopeças, que foi furtada “três vezes”. Mesmo com câmeras de segurança, o equipamento não foi suficiente para inibir a ação do bandido (ou dos bandidos). “Pelas imagens das câmeras de segurança e pela altura, parece que o ladrão pode ser o mesmo”, disse Francisca de Souza, sócia-proprietária do estabelecimento.

(Henrique Arakaki, Midiamax)

Dona Francisca lembra que, na última vez em que a loja de autopeças foi furtada, o primeiro colaborador da empresa que chegou ao local quase flagrou um criminoso na hora do furto. “O nosso funcionário quase deu de cara com o ladrão, chegou apenas 10 minutos antes que o bandido”. Quanto aos prejuízos, ela diz que não foram furtadas peças, mas sim apenas um pouco de moedas e cédulas, que seriam usadas para troco no caixa. Depois que a empresa reforçou a segurança, não foram mais registrados furtos no local.

Um outro comerciante, que não quis ser identificado, reclamou também da grande quantidade de andarilhos, que incomodam lojistas e clientes na mesma região. Disse que em determinados dias é necessário trabalhar com “portas fechadas”. O local não foi alvo de furtos e não há Boletins de Ocorrência envolvendo os andarilhos.

Numa loja de materiais de construção, os bandidos invadiram duas vezes a parte interna, onde buscam por dinheiro, e três vezes o pátio da empresa. “Sempre que entram na loja, reforçamos a segurança, porque cada vez que os bandidos agem é de uma forma diferente”, falou a proprietária que preferiu não se identificar.

Segurança reforçada e orientação da polícia

Dos 71 furtos registrados na 7ª DP, ocorridos na Avenida Júlio de Castilho, Marília Britto contabilizou que 23 foram esclarecidos pelos investigadores dessa delegacia, seja com prisão em flagrante ou com investigação decorrente do Boletim de Ocorrência. “É importante destacar a necessidade de preservar o local do crime e registrar o B.O. para otimizar o trabalho da polícia e realizar análise criminal”, ressaltou a delegada.

(Henrique Arakaki, Midiamax)

Outra orientação de Marília Britto é “reforçar a segurança, como: instalação de cercas elétricas e principalmente monitoramento por câmeras de segurança, além de compartilhar as imagens com a polícia para ajudar na investigação”. Na avenida, além desses equipamentos, registramos muitas grades reforçadas e cadeados bem resistentes também.

Marília Brito ainda informou que a maioria dos furtos é praticada por “usuários de drogas” para manter o vício. E, por isso, também seria necessário a participação da “Assistência Social” para retirar esses usuários do vício e das ruas.