A atendente Evelin Cristiane Cristaldo, de 42 anos, foi pessoalmente assistir ao julgamento do assassino de sua irmã caçula, Suelen Cristaldo, de 21 anos, morta em 2004. Cleberson de Proença de Almeida, 39 anos, foi a julgamento nesta sexta-feira (3), em Campo Grande.

Evelin diz que fica triste com toda situação. Após o assassinato da irmã, a atendente ainda clama por Justiça. Ela ressalta que seus pais faleceram antes de conseguir ver o assassino da filha atrás das grades.

“Ela era nossa irmã caçula. Ele acabou com a minha família. Minha mãe e meu pai faleceram sem conseguir ver o desfecho do crime. Não acredito que foi acidental, ele fugiu após o crime e não se apresentou. Minha mãe adoeceu e morreu e meu pai também morreu ano passado. A minha irmã era a única que morava com eles na época”, lamentou.

A atendente clama por Justiça e diz que quer ver o assassino da irmã preso. “Espero que ele pague. A vida dele seguia e a minha não. Tudo desmoronou”, lamentou.

Réu pela 2ª vez

É a segunda vez que Cleberson senta no banco dos réus. Ele é acusado do homicídio de Suelen Cristaldo e da tentativa de homicídio do companheiro dela, ocorrido em 2004, em uma conveniência no Bairro Universitário. Após ficar 15 anos foragido e ter o primeiro julgamento anulado, ele terá a sentença definitiva decretada hoje.

A promotora Luciana do Amaral Rabelo entrou com recurso no Tribunal de Justiça pedindo pela anulação da decisão do Conselho de Sentença de absolver Cleberson dos dois crimes, durante julgamento ocorrido no dia 21 de junho de 2021.

O recurso da promotora foi provido, considerando-se na decisão que “restou evidente que o agente [Cleberson] agiu com a intenção de matar a vítima [da tentativa de homicídio] por razões alheias à sua vontade”, além de ter atingido Suelen nas costas.