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Polícia

Discussão anterior e ‘deboche’ teriam sido gota d’água para PM que matou Caetano no Procon

Defesa alegou que o PM foi provocado pelo empresário outras vezes e também injuriado racialmente
Guilherme Cavalcante, Renata Portela -
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Advogado José Roberto da Rosa falou sobre o caso - Foto: Guilherme Cavalcante/Midiamax

Defesa do policial reformado José Roberto de Souza, 53 anos, alega que ele agiu mediante violenta emoção, após ter outras discussões com o empresário Antônio Caetano, de 67 anos. Caetano foi morto a tiros pelo PM no Procon, em Campo Grande, na segunda-feira (13).

Conforme o advogado José Roberto da Rosa, o militar reformado firmou um acordo com Caetano, para um serviço na SW4 dele. Assim, Caetano prestaria o serviço de retífica do motor do veículo.

O valor teria ficado em R$ 30 mil, mas ainda conforme a defesa, Caetano teria apresentado uma nota fiscal de R$ 22 mil. A partir daí começaram os problemas com José de Souza.

O caso acabou precisando ser levado ao Procon, onde houve uma primeira audiência de conciliação, na última sexta-feira (10). Assim, Caetano se comprometeu a levar a nota fiscal no valor correto na segunda-feira (13).

No entanto, segundo o advogado, o empresário teria levado novamente a nota no valor de R$ 22 mil. Além disso, cobrava os R$ 630 de duas trocas de óleo feitas na SW4 do policial reformado.

Agiu sob violenta emoção

O que a defesa alega é que o crime não foi motivado pelo dinheiro, mas sim pelos problemas anteriores entre as partes. No dia da audiência, Caetano teria ‘debochado’ do PM, dizendo que ele poderia parcelar os R$ 630 em 10 vezes.

Também foi relatado pelo advogado que Caetano já teria inclusive injuriado José Roberto, o chamando de ‘policinha preto’, entre outras falas. No Procon, José Roberto teria perdido a cabeça após as provocações.

Assim, atirou contra Caetano e logo fugiu. Depois, foi até a região da Lagoa Itatiaia, onde deixou a arma embaixo de um banco, além do celular.

Polícia foi ao local, mas nada foi encontrado. O advogado José Roberto da Rosa ainda ressaltou que o porte da arma estava vencido.

Ainda conforme a defesa, será revisado o laudo que reformou o policial militar por problemas psicológicos. A primeira alegação da defesa é de que o cliente agiu sob violenta emoção.

Porém, também pode haver pedido de abertura de incidente de insanidade mental do acusado. José Roberto de Souza foi preso nesta quinta-feira (16), após se apresentar na 1ª Delegacia de Polícia Civil.

“Nesse momento, só posso me apegar à autodefesa, que, provavelmente vai dar norte para a defesa técnica, aquela que eu e minha equipe faremos. Mas, isso depende muito do que for trazido nos laudos. Se houver um confronto e essa ideia, inicialmente lançada não encontrar respaldo na prova, obviamente não vamos sustentar uma tese absurda”, comentou o advogado.

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