Adolescentes que incendiaram escola contam que beberam álcool e que não houve motivo para crime
Imagens de câmera de segurança ajudaram na apreensão dos rapazes de 13, 14 e 15 anos
Ana Oshiro –
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Os três adolescentes que foram apreendidos por incendiar a Escola Estadual Nova Itamarati, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, disseram á polícia que não houve motivação para o crime.
Durante depoimento na delegacia, na tarde deste sábado (7), acompanhados dos familiares, eles contaram que haviam ingerido bebida alcoólica e cometeram o crime na sequência, sem nenhum motivo em mente.
Eles foram apreendidos depois de serem reconhecidos através das câmeras de segurança da escola e da postagem de um dos adolescentes nas redes sociais.
O fogo destruiu salas de aula, secretaria, coordenação, almoxarifado e sala de tecnologia, além do deposito de materiais de limpeza, onde eram armazenados materiais didáticos como livros, apostilas, kits escolares, uniformes e até instrumentos da fanfarra.
A direção da escola acredita que o início do ano letivo pode estar comprometido, porém aguarda laudo da perícia, que já compareceu na escola. Na segunda-feira (9) a escola dará informações sobre o ocorrido.
Incêndio
Conforme apurado pelo Midiamax, os vândalos, com camisetas envoltas na cabeça, iniciaram o ato terrorista na noite de sexta-feira (6) e estenderam a ação criminosa até a madrugada deste sábado (7). Além da polícia, o Corpo de Bombeiros também foi acionado para combater as chamas. O fogo, no entanto, tomou conta muito antes e destruiu livros, uniformes e vários materiais escolares que seriam usados neste ano de 2023.
Conforme consta no boletim de ocorrência, funcionários tentaram salvar utensílios e eletrodomésticos. O incêndio ocorria no piso superior, perto da cozinha, em um local que serve como almoxarifado, sendo que as chamas já tomavam a maior parte do ambiente.
Pouco tempo depois, chegou uma equipe do corpo de Bombeiros. No depoimento, o subtenente Antônio Alves disse que os militares contiveram o incêndio e detectaram três focos, em salas próximas, cujas portas haviam sido arrombadas e papéis estavam queimados.
O diretor da escola, José Carlos de Brito, analisou e forneceu as imagens das câmeras, mostrando os suspeitos entrando e, inclusive, quebrando algumas câmeras. Um deles também carregava um recipiente pequeno, similar a um galão de combustível.
Ao fazer a varredura, o secretário da escola, identificado apenas como Alexsandro, comentou que algumas caixas de som foram furtadas. Diante dos sinais de visível incêndio criminoso, acionaram a perícia.
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