João Carlos Gimenes Brites, acusado de matar o indígena Dorvalino Rocha, em 2005, na cidade de Antônio João, distante 324 quilômetros de Campo Grande, vai a júri popular no próximo dia 27 de novembro, na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo.

Brites será julgado 18 anos após a morte de Dorvalino que aconteceu na véspera do de 2005. O despacho, assinado pelo juiz Claudio de Paula dos Santos, é do dia 18 de setembro.

A vítima era da etnia Guarani-Kaiowá e no dia do assassinato, estava caminhando em uma no interior da fazenda Fronteira, indo colher mandioca para o almoço da família, quando um veículo se aproximou.

Os ocupantes teriam sido contratados para impedir que os indígenas ocupassem uma fazenda. Armados, quatro homens desceram do veículo. Em seguida, o motorista, João Carlos Gimenes Brites, 38 anos, atirou duas vezes na direção de Dorvalino.

O indígena foi atingido por dois tiros, um no pé e outro no peito. Na ocasião, o Dorvalino chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

* Matéria alterada às 12h46 de 17/10/23 para correção de informação. Inicialmente, a matéria falava que Eloy iria compor assistência de acusação. Contudo, ao assumir cargo executivo federal no Ministério dos Povos Indígenas, o advogado licenciou-se da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), devido à incompatibilidade.