Abril é marcado por 9 julgamentos de homicídios em Campo Grande
Kátia será julgada pela morte do marido em 2017, servidor da Agetran. Há ainda julgamento de homicídio envolvendo briga em bar, desavenças e até mulher que matou marido por causa do filho
Mirian Machado –
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O mês de abril terá 9 julgamentos de crimes de homicídios em Campo Grande. Todos da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, dirigida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida. Entre os crimes, há alguns de grande repercussão, como da mulher que matou o marido, o servidor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Givaldo Domingues da Silva, de 43 anos.
O crime aconteceu no dia 6 de maio de 2017 no Bairro Coophavila II. Os dois eram casados há 22 anos. Consta na denúncia que um mês antes do crime Givaldo teria conversado com Kátia falando sobre o desejo de terminar o casamento já que tinha relacionamento extraconjugal com um homem. Na data do fato, quando chegou em casa para almoçar, os dois começaram a discutir e a mulher se apossou de uma faca e golpeou o marido.
Depois da morte, a mulher colocou o corpo do marido em uma carriola, carregou-o até o veículo, cobriu o banco do passageiro com plástico e colocou o corpo do marido. Depois nas proximidades da rotatória da saída para Sidrolândia deixou o marido e jogou folhas e vegetação para cobrir. Ele foi encontrado 5 dias depois.
Ela responde por homicídio qualificado pelo motivo torpe e ocultação de cadáver.
Há ainda o julgamento da morte de Frank Lima Alvisso em 2021. O dono do bar, Jobes de Lima Jaques, onde a vítima estava é quem vai ser julgado no dia 11. O crime aconteceu no Bairro Vespasiano Martins. A vítima havia ingerido grande quantidade de bebida alcoólica e em certo momento apostou com um desconhecido 4 latas de cerveja, mas perdeu por duas vezes e não pagou. O valor seria de R$ 79.
O dono do bar o agrediu com taco e arquitetou a morte da vítima com outras pessoas, ele inclusive teria dirigido o carro onde levou a vítima para ser assassinada.
No dia 18, Josimar Barros Chalega participará do Tribunal do Júri, onde será julgado pelo assassinato de Douglas Junior Gomez Ojeda, de 22 anos. Na época do crime, em 2021, a especulação sobre motivação para o crime era uma dívida de R$ 100, mas na denúncia consta que ocorria uma partida de futebol no campo de futebol “terrinha” e após o término da partida, a vítima e amigos passaram a conversar quando o autor se aproximou e questionou o porquê a vítima estava o encarando.
A vítima negou que estivesse o encarando, mas Josimar questionou a vítima sobre barulhos de motocicleta em frente a sua residência e o ameaçou, logo em seguida efetuou os disparos, que mataram Douglas.
No dia 20 vai a julgamento mais uma vez o ex-PM Samuel Araujo Lima acusado da morte do pedreiro Wilson Meaurio, de 41 anos, em janeiro de 2012, depois de uma briga de trânsito.
Na época do crime, a família estava na calçada em frente à residência, no bairro Pioneira, comemorando o réveillon quando Samuel quase atropelou um sobrinho e a cunhada do pedreiro. Houve discussão e o ex-militar teria sido agredido por quem estava no local. Ele fugiu e teria ligado para a irmã, que na época era escrivã da Polícia Civil na Capital. Hoje, ela é delegada de polícia em Campo Grande. A mulher, então, teria levado uma arma para o militar que fez os disparos, matando o pedreiro Wilson e ferindo o sobrinho dele, Matheus.
Na época, Sueli Araújo Lima pagou fiança no valor de três salários mínimos, ou seja, R$ 1.866,00 e foi liberada. Samuel foi expulso da corporação
Já dia 25, Maria Luiza Nogueira da Silvavai a julgamento por matar o marido, o idoso José Bonifácio da Silva. Após ser presa pela morte do marido, a mulher de 59 anos se disse arrependida na delegacia. Ela contou que era constantemente agredida verbalmente pelo idoso, mas nunca tinha registrado contra ele um boletim de ocorrência.
No dia do crime, José saiu para cortar o cabelo e voltou já com uma garrafa de pinga. A família teria bebido, quando o homem começou a brigar com um dos filhos. Irritada, a mulher foi até a cozinha onde pegou a faca e golpeou o marido três vezes. Ele ainda foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu.
Ao todo, haverá 9 julgamentos, sendo o último no dia 28. As sessões acontecem na Rua da Paz, esquina com a Rua 25 de Dezembro, no prédio do Fórum de Campo Grande.
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