Com a alta demanda na colocação de tornozeleiras eletrônicas, com uso imposto pela Justiça para réus que podem deixar a cadeia, mas precisam ser monitorados, muitos acabam ficando na fila de espera para poder colocar o equipamento e deixar as cadeias e presídios de .

Dados são de que mais de 3,2 mil pessoas estão sendo monitoradas pelo equipamento no Estado. Caso recente em que foi necessário esperar pelo equipamento para a saída do presídio é o do ex-funcionário da Prefeitura, Victor Hugo, preso em agosto de 2021, indiciado pelos crimes de favorecimento da prostituição e coação no curso do processo de investigação contra o ex-prefeito Trad. 

Victor Hugo ganhou a liberdade no dia 23 de março, mas como havia a falta do equipamento, ele teve de esperar algumas horas para poder deixar o presídio. Durante dois meses, janeiro e fevereiro, foram disponibilizadas 847 tornozeleiras eletrônicas, sendo 14 instaladas como medidas cautelares por dia.

Em janeiro, foram 317 tornozeleiras eletrônicas disponibilizadas no Estado, sendo 215 instaladas em , em 177 homens e 38 mulheres, e no interior foram 155 tornozeleiras, sendo 127 em homens e 28 em mulheres.

Já em fevereiro, foram 477 tornozeleiras eletrônicas. Em Campo Grande, foram disponibilizados 231 equipamentos e no interior 246, sendo que na Capital foram 189 para homens e 42 para as mulheres, enquanto no interior, 182 homens tiveram o equipamento como medida cautelar imposta e 64 para mulheres. 

Segundo a (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), existe um processo licitatório para a compra de 5.800 equipamentos. Sobre a falta de tornozeleiras, a Agepen disse ser pontual.

O que diz a Agepen

O tempo de espera por tornozeleiras eletrônicas depende da disponibilidade do equipamento e prioridades estabelecidas pelo Poder Judiciário.

Cabe destacar que, em razão do aumento da demanda de tornozeleiras, quaisquer dificuldades pontuais, quando ocorridas, são informadas ao Poder Judiciário a fim de não haver comprometimento às condições impostas na sentença e preservação institucional.

Em quatro anos, a Agepen mais que dobrou a oferta de equipamentos de monitoração eletrônica e trabalha para ampliação dos serviços.

Mato Grosso do Sul é considerado referência nacional no trabalho de monitoração eletrônica pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (antigo Depen).

Está em andamento processo licitatório para ampliar até 5.800 o número de tornozeleiras eletrônicas em Mato Grosso do Sul.