Trio é preso por sequestro em MS ao tentar levar dependente químico para clínica em SP

Rapaz foi agredido em tentativa de sequestro e está em estado grave

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Três homens, de 27, 36 e 41 anos, foram presos, na manhã desta quinta-feira (17), por sequestrar um rapaz de 29 anos que seria dependente químico, em Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de distância de Campo Grande. O trio relatou que é interno de uma clínica de recuperação, de Olímpia, interior de São Paulo, e teriam vindo ao Estado para buscar a vítima. Na tentativa de levá-lo, ele foi agredido e está em estado grave.

Segundo a equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais), uma pessoa avistou o sequestro em um posto de combustível. Ao ser colocado em um carro HB20, o rapaz gritava: “Socorro, chamem a polícia!”. As equipes seguiram pela BR-262 em sentido a Água Clara e outra no caminho contrário.

Após as buscas, o veículo foi encontrado em outro posto da rodovia, enquanto abastecia. A vítima estava muito machucada e inconsciente dentro do carro. Ele foi encaminhado em estado grave para o hospital de Ribas do Rio Pardo, mas foi transferido para a Capital devido ao risco de morte.

O trio informou que também são pacientes da clínica e, por terem bom comportamento, têm liberdade para saídas, inclusive para buscar novos pacientes para recuperação. Eles afirmaram à polícia que receberam ordens de buscar a vítima, que mora em Campo Grande, pois os familiares pagaram para ele ser internado e se recuperar da dependência química.

Eles foram questionados sobre a violência, e contaram que recebem pedidos de internação por ordem judicial, e que são autorizados pela direção da clínica, quando o paciente não aceita ser levado podem usar força e agressões, como golpes de mata-leão e até mesmo amarrá-los. Os suspeitos disseram que a vítima se machucou mais por se debater no carro durante o trajeto.

A reportagem entrou em contato com a clínica, entretanto, o responsável disse que desconhece o caso e que não autorizam pacientes e funcionários a buscar outras pessoas em cidades vizinhas. Além disso, o trio não faz parte do quadro de internados.

Eles continuam presos na delegacia do município e o caso está sendo investigado.

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