Presídios paraguaios abrigam mais de mil criminosos ligados ao PCC

Dados do Ministério da Justiça mostram que 70 deles estão em Pedro Juan Caballero

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Presídio da capital de Amambay tem 70 detentos ligados ao PCC (Foto: Polícia Nacional)

Um levantamento recente feito pelo Ministério da Justiça do Paraguai, mostra que 1.027 criminosos identificados como membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) ocupam celas nos principais penitenciários. Em alguns deles também há presos de outras organizações que totalizam 4.762, de uma população carcerária que chega a 16.211.

De acordo com a Justiça do Paraguai, apesar da influência dos faccionados do PCC, o domínio das penitenciárias é exercido pelo Clã Rotela, que está presente em 10 centros penitenciários com 3.735 membros. Só em Pedro Juan Caballero são 140 detentos, contra 70 da organização criminosa brasileira.

Apesar das ocorrências registradas pela Polícia Nacional indicarem a participação frequente de criminosos ligados ao PCC, que também já domina a produção e também a distribuição de maconha, a cidade gêmea com Ponta Porã não lidera o ranking de presos ligados às facções.

A maior parte desses criminosos, segundo o ABC Color, está recolhida em Ciudad del Este. A cidade que faz divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná, tem 480 membros da facção brasileira e 250 do Clã Rotela. Em todas as 10 penitenciárias, há disputas internas pelo controle de venda de drogas entre os próprios detentos.