Polícia encontra celular de ex-vice-presidente do Paraguai sequestrado há 2 anos

Filha do político paraguaio confirmou que telefone pertencia ao pai

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Celular foi reconhecido pela filha do político (Foto: Divulgação)

A filha do ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis, Beatriz Denis, confirmou na manhã desta quinta-feira (6) que o celular encontrado realmente pertence ao político e que o mesmo foi dado de presente em 2020, no Dia dos Pais.

O ex-vice-presidente está desparecido desde o dia 9 de setembro de 2020, quando foi levado por guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio). Até o momento, a família não teve nenhuma confirmação de que ele ainda esteja vivo.

“Ontem fomos notificados de que um celular foi encontrado. É o telefone que lhe demos no Dia dos Pais”, declarou Beatriz Denis ao ABC Color, que pretende ir com a irmãs até o local onde o aparelho foi encontrado.

Ela disse ainda que o celular – incluindo a bateria – está praticamente destruído, então não foi possível ligá-lo. No entanto, ele indicou que a Polícia Nacional não descarta a possibilidade de obter informações do dispositivo.

“Talvez possa haver algo. Até pensamos em uma mensagem para nós mesmos se algo for encontrado”, comentou. Segundo a Polícia Nacional, o celular foi encontrado por Adelio Mendoza, funcionário da fazenda, que foi levado à força pelo EPP junto com o ex-vice-presidente, mas acabou liberado.

Entenda o caso

O político paraguaio foi levado por uma milícia formada por membros do grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio) da fazenda Tranquerita, cerca de 10 quilômetros da cidade de Yby Yaú, Concepción, nas proximidades de Bela Vista, cidade de Mato Grosso do Sul. Ele estava acompanhado pelo capataz, de etnia indígena, Adélio Mendonza, de 22 anos, quando foi retirado de dentro da sua caminhonete.

Segundo relatos de Adélio, que foi libertado um mês depois, no dia do sequestro eles foram rendidos por seis pessoas que usavam uniformes militares camuflados e estavam com rifles nas mãos. Ainda conforme o capataz, o grupo era formado por três adultos e três adolescentes que já foram identificados, mas nenhum deles ainda foi preso.

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