Mortos em confronto são suspeitos de crimes contra agiotas e tinham relógio avaliado em R$ 120 mil

Ainda tinham longas fichas criminais por diversos crimes; um deles estava em regime semiaberto

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armas apreendidas
Armas apreendidas na casa (Foto: Henrique Arakaki)

O trio morto em troca de tiros com a polícia, em Terenos, na manhã desta sexta-feira (9), é suspeito de envolvimento em crimes contra agiotas. De acordo com a polícia, Paulo Sergio Barbosa, de 37 anos, Jonathan Batista da Silva, 31, e outro que ainda não foi identificado, têm uma longa ficha de crimes violentos em Campo Grande e cidades do interior do Estado.

O delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Fabio Brandalise e o adjunto, Francis Flávio, informaram que Paulo havia recentemente saído da prisão e cumpria pena em regime semiaberto. Já Jonathan foi preso com documento falso. Ambos com envolvimento em facção criminosa.

A investigação aponta que a casa onde estavam era utilizada para o tráfico de drogas e receptação de produtos furtados e roubados, dentre eles, um relógio avaliado a partir de R$ 120 mil. Ainda na casa estava a esposa, que foi levada para delegacia prestar depoimento, e a sogra, que passou mal, sendo encaminhada para uma unidade de saúde.

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Perícia continua no local (Foto: Henrique Arakaki)

Troca de tiros

Ainda conforme a polícia, houve uma troca de tiros com o trio, cada um teria sido baleado com um disparo. Com eles, foram apreendidas três armas, sendo duas de calibre 38 e uma de 22. A perícia continua no local.

Segundo um morador de 46 anos, que mora aos fundos da casa onde houve a troca de tiros, ele ouviu seis disparos por volta das 5h40. No imóvel mora uma idosa, que usa cadeira de rodas, sua filha e o marido dela, proprietário de um carrinho de lanches. O morador informou que, a princípio, o casal e uma terceira pessoa teria morrido no local.

Cerco

O morador ainda informou que a idosa teria passado mal e sido encaminhada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para uma unidade de saúde. “Foi muito barulho, e os policiais estavam com viatura descaracterizada”, afirma.

Lavadeira, de 72 anos, disse também ter acordado assustada com a movimentação, na manhã de hoje, e não ter ouvido o barulho dos disparos durante a madrugada. Já uma professora, de 26 anos, disse também não ter escutado a troca de tiros, mas que a violência “tem crescido bastante na cidade, que era pacata”.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) montou um bloqueio no local, com cerca de 80 metros de distância. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas as vítimas já estavam mortas. Não há informações se policiais estão entre feridos.

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