Na Corregedoria: mãe procura PM que teria dado ‘tapão’ em estudante de 17 anos em Campo Grande

Segundo a denúncia, jovem agiu com respeito, mas levou tapa porque ‘não era quem queriam’

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(Arquivo)

A Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul apura denúncia de uma agressão a um aluno de uma escola estadual, em Campo Grande, feita por um policial militar. A mãe do garoto de 17 anos relatou indignação ao Jornal Midiamax sobre o ocorrido. “Nunca encostei no meu filho”, disse.

Segundo a denúncia feita pela mãe junto à Corregedoria, na última segunda-feira (28), o filho estava indo para a escola e, ao chegar em frente à unidade escolar, foi abordado pelos militares que pediram o celular do adolescente. O aparelho foi desbloqueado pelo garoto a pedido dos policiais que olharam o telefone.

Após a checagem do aparelho, o policial ao devolver o celular deu um tapa no rosto do garoto, sendo que a agressão foi presenciada por outros alunos que chegavam à escola e por professores que estavam na frente da unidade escolar.

O militar ainda teria dito ao garoto, que eles (policiais) estavam atrás de um ‘aviãozinho’ que estava passando drogas nos arredores da escola e que o garoto se parecia com ele, mostrando a foto ao adolescente. O garoto teria respondido que sabia de quem se tratava e que o ‘procurado’ pelos policiais seria estudante também da escola, mas que ele não estava na unidade escolar.

‘Justiça na Corregedoria?’

A mãe do adolescente disse ao Jornal Midiamax que ficou indignada com o que aconteceu, e que seu filho estaria com medo dos policiais. “Não é fácil criar um filho com carinho e vem um policial bater no rosto do seu filho, sendo que eu nunca fiz isso”, disse. 

Ela afirmou que quer que a atitude do policial seja apurada e que a Justiça seja feita na Corregedoria. “Tem de ser apurado para que nenhum outro aluno passe por isso. Se tem Justiça, tem que ser apurado”, finalizou. 

O Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar questionando se o militar que agrediu o garoto já teria sido identificado, se já havia prestado esclarecimentos sobre o fato ocorrido e as medidas cabíveis a serem tomadas. Em resposta foi enviada uma nota à redação em que diz que a abordagem é ato discricionário do Policial Militar. Confira a nota:

“A  Assessoria de Comunicação Social da PMMS informa que a abordagem é ato discricionário do Policial Militar que ao observar pessoa em atitude suspeita ou com características que o associe a prática ilícita que por ventura tenha ocorrido nas proximidades do local da abordagem e sejam de conhecimento da Polícia Militar. 

Caso ocorra a abordagem e o abordado se sinta constrangido ou tiver a percepção de que tenha ocorrido abuso, o mesmo pode se dirigir à Corregedoria da PMMS e registrar uma reclamação a qual será devidamente apurada.”

(Matéria editada às 12h50 para acréscimo da nota enviada pela PM)

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