Justiça pede que Energisa confirme semáforo desligado em acidente com morte envolvendo colombiano

Defesa alega que semáforos não estavam funcionando no dia do acidente

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(Reprodução)

A Justiça por meio da 1ª Vara do Tribunal do Júri pediu laudos para a concessionária Energisa para saber se no dia do acidente em que Matheus Frota da Rocha, de 27 anos, morreu ao ser atingido pela Mercedes de Carlos Hugo Naranjo, os semáforos estavam funcionando. O acidente aconteceu no dia 28 de fevereiro.

Foi enviado um ofício ao diretor da Energisa, no dia 18 de maio, para saber se no dia do acidente os semáforos tinham luz. Também foi enviado um ofício para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para saber se os semáforos estavam em pleno funcionamento no dia do acidente.

No dia 18 de abril, a perícia foi feita nos semáforos no cruzamento onde aconteceu o acidente, e segundo laudos anexados ao processo  os semáforos estavam funcionando. O relatório afirma: “Da sinalização semafórica: a interseção em tela encontra-se regulada por sinalização semafórica que se encontrava normalmente operante no momento dos exames”.

Ainda segundo o laudo, a perícia não teceu considerações se no dia do acidente, os semáforos estavam em funcionamento e que não dispõe de elementos para fazer a aferição. No dia 15 de março deste ano, Carlos se tornou réu pelo homicídio de Matheus Frota da Rocha, de 27 anos, e tentativa de homicídio contra a jovem de 18 anos que estava na garupa da motocicleta e ficou ferida. Matheus morreu no acidente de trânsito na madrugada do dia 28 de fevereiro e o acusado foi preso horas depois.

Denúncia apresentada

A denúncia foi apresentada no dia 11 de março e recebida no dia 15 do mesmo mês pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Conforme a peça apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Carlos teria agido com dolo eventual, assumindo o risco de matar na direção de veículo automotor. Com isso, matou Matheus e tentou matar a jovem de 18 anos, “não consumando seu intento homicida por circunstâncias alheias à sua vontade”.

Ainda de acordo com a acusação, Carlos se encontrou na madrugada do dia 28 com outros três amigos em um bar, na Rua Euclides da Cunha, no Centro. Lá, os amigos beberam três garrafas de whisky, com combos de energético, pagando aproximadamente R$ 1.230, conforme registrado na comanda.

Ao sair do bar, Carlos dirigia a Mercedes-Benz C180 e seguiu pela Rua Guia Lopes. Por volta das 5h40, no cruzamento com a Avenida Salgado Filho, desrespeitou a sinalização semafórica de parada obrigatória, colidindo na motocicleta Honda Fan vermelha, pilotada por Matheus e com a jovem na garupa, registra o MPMS.

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