‘É como se voltássemos no dia’, dizem familiares durante julgamento de Eder, morto pelo cunhado
Familiares acompanham julgamento e contrataram uma advogada que atua como assistente de acusação; réu está solto
Danielle Errobidarte –
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É julgado durante Tribunal do Júri na manhã desta terça-feira (4) Alex Bogado Segovia, de 32 anos, acusado de ter assassinado a facadas o próprio cunhado, Éder Montania, em dezembro de 2018. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe, e aguardava o julgamento em liberdade.
Familiares de Eder compareceram ao julgamento, incluindo sobrinhas, tios, irmãs e amigos. A sobrinha de Eder conversou com o Jornal Midiamax e disse que sua tia, mãe de Eder, contratou uma advogada particular para auxiliar a promotoria. Para a família, ver Alex sentado no banco dos réus é vivenciar o dia do homicídio de Eder novamente.
“Tudo mudou depois disso, é muito difícil até hoje não ter ele por perto. A saudade dói. Ver o Alex também não é fácil, ele não chegou a ficar preso e Eder era o irmão mais velho”, disse Hingrid Gabriele Montania, de 18 anos, que afirmou que Alex não fez contato com a família após o crime.
A mãe de Eder não compareceu ao julgamento por ainda estar muito abalada psicologicamente pela morte do filho. “É como se nós voltássemos no mesmo dia. Os filhos dependiam dele, incluindo um dos filhos que tem deficiência. A sorte dos meninos, que estão com a mãe, é que o Eder deixou um seguro”, afirma Hingrid.
A estratégia da defensoria pública é alegação de legítima defesa, uma vez que, quando sentado no banco dos réus, Alex afirmou que os golpes de faca dados em Eder foram “por ele ter perdido a razão e se sentido ofendido” durante uma discussão. Ele ainda afirmou que estava embriagado.
Já a promotoria do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) alega que não houve legítima defesa porque Eder foi ferido com três golpes nas costas, indicando terem sido dados quando ele já tinha se virado para correr do acusado.
Acusado de matar o cunhado
O autor é marido da irmã da vítima. Na data do crime, Éder estava com a esposa e haviam passado de carro na frente da casa de sua irmã. Resolveram descer e na companhia de outro casal de amigos começaram a beber. Em certo momento, o casal de amigos foi embora, em seguida iniciou uma discussão entre Alex e Éder.
Éder então chamou a esposa para ir embora, quando sua irmã pediu para que ficassem mais. O autor passou a discutir e agredir a sua esposa, irmã da vítima.
Para defender a irmã, Éder trocou agressões com o cunhado, momento em que Alex se apossou de uma faca e desferiu os golpes. Éder morreu no local, antes da chegada do socorro. O cunhado fugiu do local com a esposa.
O autor se apresentou com advogada na delegacia, e afirmou que agiu em legítima defesa. Em seu relato, Éder e a esposa chegaram a sua casa já bêbados e alterados. Depois começou a falar mal de um amigo do acusado quando iniciaram uma discussão. Éder teria chamado Alex de otário e vagabundo, quando a vítima teria desferido um soco em sua boca e então iniciaram as agressões.
Em seguida, lembrou de uma faca que carregava na porta de seu carro, que estava estacionado em frente de casa. E a pegou. A vítima teria insistido nas agressões quando desferiu os golpes. Após o crime, disse que fugiu para a chácara de sua avó em Anhandui.
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