Assassino confesso da irmã impediu entrada de familiares 3 vezes e negou entregar filhos de Patrícia

Ao ser preso, ele disse que “estava esperando o momento certo para se entregar”

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Antônio Benites, preso por suspeita do feminicídio da irmã. Foto: Stephanie Dias

Antônio Benites, de 38 anos, assassino confesso da própria irmã Patrícia Benites Servian, rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava logo após o crime de feminicídio ser descoberto, pelos outros dois irmãos, que acionaram a polícia. A irmã do meio, de 35 anos, já havia estranhado o sumiço de Patrícia e procurou pela caçula três vezes no dia do crime, na última sexta-feira (27). Antônio foi preso neste domingo (29) ao ser reconhecido por um policial militar.

Segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, a irmã de Patrícia a procurou por volta das 8h30 de sexta-feira (27) e novamente às 11h40, mas Antônio negou o acesso dela até os fundos do imóvel, onde autor e vítima moravam juntos pois é a casa dos pais deles. Ele alegou que faria uma fossa, e por isso não a deixaria entrar.

A irmã desconfiou que os sobrinhos, de 3 e 6 anos, estivessem sem a mãe e pediu para que levasse as crianças para sua residência, que fica próximo, mas Antônio não permitiu. Na terceira visita do dia, às 17h15, a irmã retornou à residência onde o crime ocorreu e Antônio disse que Patrícia havia saído, e só então ela conseguiu levar as crianças dali.

Foi quando o filho mais velho de Patrícia, de 6 anos, contou à tia que o tio havia matado sua mãe. A tia ligou para o irmão mais velho, que foi até a residência do Bairro Tiradentes e localizou Patrícia nos fundos da casa, caída morta, embaixo de um tanque.

Nesse momento, Antônio aproveitou o descuido dos irmãos e fugiu da residência, rompendo a tornozeleira eletrônica antes. O irmão mais velho afirmou que Antônio foi até seu trabalho pedindo emprestado uma pá para “fazer um serviço”. Em seguida, ele acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

‘Esperando o momento certo’

Antônio Benites foi preso na manhã deste domingo (29) ao ser identificado por um policial militar que voltava do serviço, nas proximidades do Bairro Jardim Itamaracá, na BR-163. Ele acionou apoio e, após checagem, o autor confessou o crime, dizendo que fugiu para que não fosse preso.

Segundo relatado por Antônio aos policiais, ele disse que “estava esperando o momento certo para se entregar na delegacia”. Ele ainda disse que, no momento do crime, “estava de cabeça quente” e começaram a discutir, enquanto estava bebendo. Em seguida, ele enformou a irmã até a morte.

O assassino foi conduzido para a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), onde prestou depoimento à delegada plantonista, Jennifer Estevam, que confirmou que Antônio confessou o crime. Contra ele havia um mandado de prisão, expedido já na sexta-feira (27).

Reconhecido por PM

O principal suspeito, de 33 anos, disse durante a prisão que não teria matado a vítima, que tudo teria sido um ‘acidente’.

O rapaz foi preso após denúncias de moradores pelo 190, onde informaram que o viram na região, durante a última sexta-feira (27) e sábado (28), depois de reconhecerem a imagem dele. Foram feitas diligências, mas sem sucesso. Na manhã de hoje, um policial lotado no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), saindo do plantão, quando o viu atravessando a BR-262, para se esconder em um matagal.

Durante a prisão, ele não apresentou resistência e se entregou. Entretanto, disse negou a autoria do crime, dizendo que teria acontecido um acidente.

Irma foi morta estrangulada

Patrícia Benites, de 31 anos, foi assassinada por estrangulamento pelo próprio irmão na madrugada desta sexta-feira (27), na casa da vítima, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Há suspeita de que a vítima também tenha sido estuprada. O caso foi descoberto somente no início da noite, quando familiares encontraram o corpo em uma espécie de cova improvisada atrás do tanque da residência.

No local do crime, o suspeito é usuário de drogas e teria cometido o crime por volta da 1h da madrugada. Ele passou o dia tentando esconder o corpo da irmã, improvisando uma cova. Assim, conforme familiares da vítima, o rapaz cavou um buraco atrás do tanque da casa da mulher e encobriu com madeiras.

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