Foi preso novamente na noite dessa segunda-feira (31), em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande, o advogado Alexandre Pessoa por agredir a sua ex-esposa. Ele é acusado de matar a ex-líder do PSL, Fernanda Daniele de Paula, no dia 28 de abril de 2021.

A ex-mulher de Alexandre procurou a delegacia após o advogado tentar enforcá-la há duas semanas. Depois da denúncia, foi expedido o mandado de prisão cumprido na noite dessa segunda (31), segundo o site Jornal da Nova.

A vítima tem medidas protetivas contra o autor. Alexandre está detido em uma das celas da Delegacia de Polícia, onde deve permanecer até conseguir uma cela especial.

Feminicídio x denúncia

Após ser preso pelo assassinato de Fernanda, Alexandre foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público Estadual) em junho de 2021. O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime.

A investigação policial apurou, nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre, que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia. Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o MPMS, o advogado inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.

Isso porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.

O MPMS concluiu que Alexandre golpeou Fernanda no pescoço, assim causando a morte da vítima. Depois, arrastou o corpo dela até a plantação de na beira da estrada. Ele ainda alterou o estado do corpo da vítima, limpando os antebraços dela e retirando os pertences que pudessem identificá-la.

Alexandre foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica. Segundo a acusação, o casal já mantinha uma relação há mais de 1 ano e 8 meses e tinha contrato de união estável.