Piloto de avião carregado com cocaína que caiu em MS é sepultado no interior de SP

O translado foi feito por funerária de Ponta Porã

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O piloto do helicóptero que explodiu em Ponta Porã, carregado com 246 quilos de cocaína, Pedro Augusto Boim, de 20 anos, foi velado e sepultado na manhã desta sexta-feira (22) no Velório Municipal de João Ramanho, cidade em que nasceu. O translado do corpo foi feito por funerária de Ponta Porã, onde os pais dele fizeram o reconhecimento do corpo no IML (Instituto Médico Legal).

Pedro seria velado ainda nesta quinta-feira (21) na Câmara Municipal de João Ramalho. O espaço do legislativo leva o nome em homenagem ao avô do piloto e ex-prefeito do município, Domingos Boim, que tem pouco mais de 4 mil habitantes.

Contudo, após a repercussão, a família desistiu do local e optou pela Capela Mortuária da cidade, que fica localizada em frente ao Cemitério Municipal. O bisavô de Pedro, Antônio Boim, foi o primeiro prefeito da cidade entre os anos de 1961 e 1965.

R$ 6 milhões em cocaína

Os 246 quilos de cloridrato de cocaína, apreendidos no helicóptero que explodiu nesta quarta-feira (20), foram avaliados em R$ 6.150.000. A aeronave — o helicóptero Robinson R66 Turbine prefixo PR ITT — tem valor estimado de R$ 4.500.000. 

A queda ocorreu por volta das 9h, em uma fazenda localizada entre Dourados e Ponta Porã, e a aeronave foi localizada por funcionários que faziam a pulverização de produtos químicos.

A fazenda é um dos locais de produção e estocagem de sementes de uma empresa que atua no Estado e no Mato Grosso. O local onde o helicóptero foi encontrado fica a cerca de 50 quilômetros da sede. Durante patrulhamento, policiais do BPMChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar) se depararam com o helicóptero e fizeram a primeira intervenção.

Helicóptero fez parte de espólio de Mazzaropi

A aeronave já pertenceu à família do ator e cineasta brasileiro Amácio Mazzaropi, e foi vendido em julho deste ano. Há uma semana, na última quinta-feira (14), a documentação de venda foi protocolada na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). 

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, a negociação foi feita no dia 27 de julho com uma construtora com sede em Parauna, interior de Goiás. A empresa informou que a venda da aeronave foi comunicada à Anac há cerca de uma semana, no dia 11 deste mês. A documentação de transferência foi feita no dia 14 de outubro.

A SPE 8 MZ Negócios Imobiliários, empresa que administra o espólio de Mazzaropi, informou em nota que a empresa não tem relação com o atual dono do helicóptero. “Deixamos expressamente consignado que nossa empresa — assim como qualquer empresa ou pessoa participante do nosso grupo — não possui qualquer relação com o atual dono da aeronave, nem com o uso da mesma após a venda”, diz a nota.

Corpos identificados

As duas vítimas, que morreram carbonizadas após a queda, foram identificadas como Matheus Henrique dos Santos Venâncio, de 20 anos, e Pedro Augusto Boim, de 24 anos, moradores de Rancharia, no interior paulista. Os corpos foram identificados nesta manhã pelas mães deles no IML (Instituto Médico Legal) de Ponta Porã. As mulheres vieram do interior paulista e muito abaladas reconheceram os filhos. Elas estão sendo ouvidas na Polícia Civil.

Conteúdos relacionados