Preso, médico em BMW diz que condição financeira e profissão afastariam suspeita de tráfico
Na tarde de quarta-feira (18), médico oftalmologista foi preso ao buscar uma caixa com drogas em agência dos Correios de Três Lagoas, cidade distante 338 quilômetros de Campo Grande. Durante o interrogatório, ele teria interrompido várias vezes para alegar que a profissão e as condições financeiras dele afastariam a hipótese de tráfico de drogas. Conforme […]
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Na tarde de quarta-feira (18), médico oftalmologista foi preso ao buscar uma caixa com drogas em agência dos Correios de Três Lagoas, cidade distante 338 quilômetros de Campo Grande. Durante o interrogatório, ele teria interrompido várias vezes para alegar que a profissão e as condições financeiras dele afastariam a hipótese de tráfico de drogas.
Conforme os autos da prisão em flagrante, elaborado por delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) naquele município, o médico foi flagrado após denúncia anônima feita aos policiais militares. O indicativo era de que o ocupante da BMW estaria com drogas no veículo, o que foi de fato constatado.
No banco traseiro estava a caixa que ele buscou nos Correios, com porções de haxixe e skunk, pelas quais ele alega que pagou R$ 1.250. Por conta da quantidade de droga – 154 gramas -, o fato configura tráfico de drogas e não apenas a posse. Mesmo assim, durante o interrogatório o delegado alega que foi interrompido várias vezes pelo médico, que apontava que “sua condição financeira e profissional afastaria as suspeitas de tráfico”.
Porém, como esclarecido pela autoridade, não há ligação entre condição financeira e profissional e o crime de tráfico, já que a circunstância não diz respeito ao crime em si. “Como também a rentabilidade da venda de uma droga de restrito acesso no mercado ilícito pode importar em obtenção de vantagem pecuniária expressiva, seja para um mestre de obras, seja para um médico”.
Por fim, foi decretada a prisão em flagrante do médico por tráfico de drogas, mas sem representação pela prisão preventiva.
Pedido de liberdade
Ainda na noite de terça-feira o advogado de defesa entrou com pedido de liberdade provisória para o acusado, que deve passar por audiência de custódia. Em depoimento, o médico alegou que é usuário de maconha há 15 anos e que a quantidade que comprou por WhatsApp seria para uso em quatro meses.
Além disso, também afirmou que comprou de um desconhecido de São Paulo (SP) e que pediu pelos Correios para evitar frequentar bocas de fumo.
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