Juiz revisa e mantém prisão de responsáveis por arsenal que deu início à Omertà
Na terça-feira (22), por decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, foi mantida a prisão de seis réus da Operação Omertà, ligados ao arsenal apreendido em 19 de maio de 2019. A prisão preventiva foi reavaliada, já que passaram 90 dias da última decisão. Assim, o magistrado reafirma que, no âmbito da Operação Omertà, continuam presos […]
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Na terça-feira (22), por decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, foi mantida a prisão de seis réus da Operação Omertà, ligados ao arsenal apreendido em 19 de maio de 2019. A prisão preventiva foi reavaliada, já que passaram 90 dias da última decisão.
Assim, o magistrado reafirma que, no âmbito da Operação Omertà, continuam presos preventivamente os réus que tem função relevante na organização criminosa armada. Sendo assim, apresentam risco de atrapalhar a instrução probatória e estão relacionados a práticas com violência ou comércio ilegal de armas de fogo.
Além disso, para o juiz constata-se que os réus possuem gravidade concreta, já que a denúncia aponta que eles possuíam um verdadeiro arsenal. Trata-se de Marcelo Rios, Jamil Name, Jamil Name Filho, Rafael Antunes Vieira, Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti Silva. Também é apontado que há risco de que, se colocados em liberdade, eles podem voltar a cometer os crimes.
Por fim, o juiz decidiu por manter os réus presos preventivamente, como forma de garantir a ordem pública, por conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal.
Apreensão do arsenal
Foi em maio de 2019 que a apreensão de um verdadeiro arsenal de guerra deu início ao que se tornaria a Operação Omertà quatro meses depois. Assim, a apreensão feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), com apoio do Batalhão de Choque, levou ao desmonte de uma milícia organizada ligada a execuções na Capital.
Assim, o armamento avaliado em cerca de R$ 200 mil estava sob posse do ex-guarda civil municipal Marcelo Rios (demitido por envolvimento no caso). Além disso, consistia em quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre.22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores.
A partir de investigação conjunta realizada pelo Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), foi possível as conectar execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Mendes e Matheus Coutinho da Silva Xavier.
Omertà
Com a continuidade das investigações, quatro meses depois foi deflagrada a Operação Omertá. Assim, foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. Jamil Name e Jamil Name Filho foram presos suspeitos de chefiar a milícia.
Já nesta quarta-feira (23), a operação chega na quarta fase, denominada Black Cat. Nesta última ação, a intenção é lacrar barracas de jogo do bicho, a princípio também ligadas ao grupo criminoso.
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