Em solenidade na manhã desta segunda-feira (5), na entrega de materiais e veículos para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, o delegado-geral do Estado, Marcelo Vargas, disse que a força-tarefa continua e que o armamento apreendido em maio deste ano com o guarda-municipal, Marcelo Rios, está sendo periciado em Brasília.
Vargas contou que a perícia está sendo feito fora do Estado, por se tratar de crimes de ‘alta complexidade’, mas que os trabalhos da força-tarefa continuam na tentativa de elucidar as execuções de Mateus Coutinho, Ilson Figueiredo e Orlando ‘Bomba’.
O armamento avaliado em cerca de R$ 200 mil foi apreendido por equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), no dia 19 de maio em uma residência, no Monte Líbano.
Marcelo Rios e outros dois guardas municipais, Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopeski, foram presos. Mas, no dia 31 de maio tanto Rafael como Robert foram libertados permanecendo preso Marcelo, que foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró.
Mas, no dia 31 de julho Rafael e Robert voltaram a prisão por obstrução da Justiça, depois de ameaçarem a esposa de Marcelo. Foram apreendidos pelo Garras quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre.22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores.
Execuções
Os fuzis AK47 apreendidos são do mesmo calibre usado nos assassinatos de Ilson Figueiredo, Orlando Bomba e Matheus Coutinho Xavier. Sobre um possível envolvimento do agente nas execuções também será investigado ou se ele só fazia o serviço de transporte.
Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018.
O carro em que Ilson estava foi surpreendido, na Avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.
Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança da Assembleia Legislativa usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.
Também foi executado com armamento do mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’ executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia. Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.
