Falso médico acusado pela morte de idoso é preso no Santa Emília
O falso médico Marx Honorato Ortiz, acusado pela morte de um idoso em dezembro de 2014 na cidade de Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, foi localizado na manhã desta segunda-feira (27) em uma residência do bairro Santa Emília, na Capital. Marx é acusado por homicídio doloso e exercício ilegal da profissão. O falso […]
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O falso médico Marx Honorato Ortiz, acusado pela morte de um idoso em dezembro de 2014 na cidade de Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, foi localizado na manhã desta segunda-feira (27) em uma residência do bairro Santa Emília, na Capital. Marx é acusado por homicídio doloso e exercício ilegal da profissão.
O falso médico de 41 anos foi localizado por policiais da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio). Contra Marx havia um mandado de prisão expedido pela Comarca de Sete Quedas. Ele foi preso e ocupa uma das celas do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada).
Marx foi nomeado como Secretário de Gabinete para atuar na Secretaria Municipal de Saúde de Amambai em junho de 2014. Em 4 de março de 2015 ele foi exonerado. A morte do paciente João Maria Padilha da Silva ocorreu no Hospital de Paranhos no dia 14 de dezembro de 2014, período em que ainda atuava como Secretário de Gabinete. Ele teria atuado durante três meses no Hospital.
Ele é suspeito de atuar como médico em outras 3 cidades de Mato Grosso do Sul: Amambai, Dourados e Coronel Sapucaia. Além do crime, a Promotoria de Justiça de Sete Quedas acusa Marx de exercício ilegal da medicina, falsa identidade e crime de desobediência. Marx utilizava o nome de Marcel como “Marcell”, com CRM falso.
Morte de idoso
No dia 14 de dezembro, conforme o inquérito policial, os filhos de João, então com 56 anos, levaram o pai até o Hospital Municipal de Paranhos. Consta no boletim de ocorrência registrado pela filha, que ele teria sido atendido por volta das 13h30 pelo falso médico que “o medicou, em seguida o liberou, alegando problemas emocionais e mandando para casa”.
Durante o dia João piorou e foi levado novamente ao hospital de ambulância. A família, no entanto, foi comunicada pelo falso médico que às 22h30 o pai havia falecido.
Os familiares teriam pedido à Marx que o pai fosse encaminhado a outro município, no que o falso médico contestou, negando que o paciente precisasse de transferência, e que “ele é que seria formado em medicina, para que não se preocupasse”.
O verdadeiro médico pelo qual Marx se passava levou um susto quando a denúncia chegou e estranhou quando viu que se tratava de um município que nunca havia trabalhado.
Em maio do ano passado, o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, alegou que há no processo a versão de que o acusado assumiu o risco de matar a vítima no momento em que optou por atendê-la na condição de médico, sem possuir habilitação necessária.
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