Polícia Civil tem mais servidores implicados na investigação de milícia, admite Marcelo Vargas

Em uma coletiva na manhã desta quarta-feira (20), na Cepol (Centro Especializado de Policiamento), que fica no bairro Tiradentes, em Campo Grande, o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Marcelo Vargas disse que outros policiais civis estariam sendo investigados depois da deflagração da Operação Omertà, no dia 27 de setembro deste ano. Vargas disse […]

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Marcelo Vargas afirma que investigação da Corregedoria corre em segredo (Foto: Henrique Arakaki
Marcelo Vargas afirma que investigação da Corregedoria corre em segredo (Foto: Henrique Arakaki

Em uma coletiva na manhã desta quarta-feira (20), na Cepol (Centro Especializado de Policiamento), que fica no bairro Tiradentes, em Campo Grande, o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Marcelo Vargas disse que outros policiais civis estariam sendo investigados depois da deflagração da Operação Omertà, no dia 27 de setembro deste ano.

Vargas disse que além dos policiais civis já presos, outros estariam sendo investigados depois de denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de que um delegado havia recebido propina de R$ 100 mil após a execução de Ilson Figueiredo, em junho de 2018, na Avenida Guaicurus.

O delegado geral ainda frisou que a investigação é feita pela Corregedoria da Polícia Civil e corre em segredo. Já sobre a implicação da organização criminosa nas execuções ocorridas em Campo Grande, Vargas ressaltou que o Ministério Público é quem deve fazer ou não a denúncia pelos homicídios.

No dia 27 de setembro foi deflagrada a Operação Omertà que investigava uma milícia armada de execuções no Estado, especialmente em Campo Grande, que tinha como chefe o empresário Jamil Name e Jamil Name Filho. Pai e filho foram transferidos no fim de outubro para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Durante a operação foram presos Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti, além de Frederico Maldonado Arruda e a Elvis Elir Camargo. Todos fariam parte da milícia.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

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