Passageiro que matou motorista de aplicativo a tiros por ciúmes diz que ‘perdeu a cabeça’

Igor Cesar de Lima Oliveira acusado de matar o motorista de aplicativo, na noite da última segunda-feira (12), foi preso na manhã desta quinta-feira (16) no escritório dos advogados localizado na região central da cidade. A hipótese de latrocínio foi descartada, segundo o delegado Ricardo Meirelles, da 5º delegacia de Polícia Civil. Durante o encaminhamento […]

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Foto: Marcos Ermínio
Foto: Marcos Ermínio

Igor Cesar de Lima Oliveira acusado de matar o motorista de aplicativo, na noite da última segunda-feira (12), foi preso na manhã desta quinta-feira (16) no escritório dos advogados localizado na região central da cidade. A hipótese de latrocínio foi descartada, segundo o delegado Ricardo Meirelles, da 5º delegacia de Polícia Civil.

Durante o encaminhamento de Igor para a delegacia, motoristas de aplicativos que estavam no local tentaram invadir o estacionamento para agredir Igor. Uma barreira policial teve de ser feita para impedir os colegas de Rafael de linchar o acusado.

O delegado Ricardo Meireles falou que em depoimento Igor tentou justificar o crime dizendo que ‘perdeu a cabeça’, depois de achar inadequado a maneira como Rafael se dirigiu a sua esposa. Segundo ele, quando Rafael disse para sua esposa “Este friozinho está bom para fazer um amor gostosinho” teria perdido a cabeça e assassinado o motorista a tiros.

Sobre a quantidade de tiros desferidas contra a vítima, ele disse que foram, apenas, dois já que só tinha esta quantidade na arma, um revólver calibre 38. Quando questionado sobre onde conseguiu a arma, Igor contou que comprou a arma depois de sair da cadeia e ter muitas ‘tretas’. Ele estava foragido. Ainda segundo Igor, o tempo todo estava escondido em meio a um matagal, quando decidiu entrar em contato com os advogados e se entregar.

Igor já respondia na Justiça pelo crime de roubo. Ainda de acordo com Meirelles tanto a esposa do acusado como a mãe dele serão investigadas por dar cobertura para Igor. Ele disse estar arrependido do crime, “trabalho de domingo a domingo em uma lava-jato e acabei com a minha vida”, falou Igor.

Aproximadamente 20 motoristas de aplicativos se reuniram na frente da 5º delegacia de Polícia Civil para protestar depois do anúncio da prisão de Igor Cesar de Lima Oliveira, acusado da morte do motorista de aplicativo Rafael Baron. Eles não acreditam na versão contada pela esposa de Igor, e acreditam que a tentativa de roubo não deu certo e acabaram inventando história de crime passional.

A jovem, que está grávida, e o marido estavam na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, na noite da última segunda-feira (12) quando chamaram um motorista de aplicativo para voltar para casa, um condomínio residencial no Jardim Campo Nobre.

“Ela tinha sofrido um acidente na data anterior, passou mal e foi para a Upa. Ao saírem, chamaram o motorista. O Igor sentou na frente, e ela atrás”, contou o delegado Meirelles. Durante o trajeto, Rafael tentou puxar conversa e perguntou sobre uma tipoia que a jovem estava no braço. “Ela falou que tinha sofrido acidente e ele fez uma segunda pergunta”, explica o delegado.

Neste momento, conforme relato da própria esposa, o suspeito não gostou. Foram três perguntas que o motorista teria feito sobre o acidente. “Ela respondeu à pergunta, mas o Igor já fechou a cara e ficou olhando bravo”, diz. Ao chegar no condomínio, Igor teria saído do veículo, às pressas. “A corrida deu oito reais e então, como ela tinha dez, preferiu ir até em casa pegar dinheiro trocado”, relata o delegado.

Rafael foi assassinado com dois tiros, um no pescoço e outro no ombro. Igor já era evadido do sistema penal e tem passagens por roubo. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e recurso que dificultou defesa da vítima.

 

 

 

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