Oiketicus: ex-sargento da PM passa por última audiência antes de julgamento

O ex-sargento da Polícia Militar e ex-segurança do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Ricardo Campos Figueiredo, de 42 anos, passou pela última audiência nesta segunda-feira (18), no Fórum, em Campo Grande. Ele já foi condenado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, agora, reponde pelo crime de posse ilegal de arma […]

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O ex-sargento da Polícia Militar e ex-segurança do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Ricardo Campos Figueiredo, de 42 anos, passou pela última audiência nesta segunda-feira (18), no Fórum, em Campo Grande. Ele já foi condenado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, agora, reponde pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Além de Ricardo, o policial da reserva Alli França Belchior também é denunciado pelo crime e foi ouvido. Os réus foram ouvidos pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna.

Ao final da audiência, a juíza explicou que a fase de oitivas terminou e que todos foram ouvidos, inclusive as testemunhas. Agora, o processo vai para os ritos finais e, caso a defesa ou acusação não solicite nenhum pedido especial, haverá o julgamento.

Ricardo foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro por estar envolvido na Máfia dos Cigarreiros, quando foi preso durante a Operação Oiketicus em maio de 2018.

Operação Oiketicus

A Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em maio deste ano, apurou delitos praticados por policiais militares do Estado que atuavam na chamada “Máfia dos Cigarreiros”. Ricardo foi apontado como líder do grupo que dava suporte a contrabandistas de cigarros. Nas duas fases da Oiketicus, 29 policiais, entre praças e oficiais, foram presos.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares interferiam em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências para o êxito do esquema.

De acordo com a denúncia do Gaeco, os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas.

Celulares quebrados

O ex-sargento chegou a enganar o promotor para se trancar no banheiro de casa durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão e quebrar dois aparelhos celulares, para eliminar provas. Segundo os membros do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), perícia no que restou dos celulares apontou que provas que poderiam estar nos aparelhos foram destruídas, já que as placas e processadores foram totalmente danificados.

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