Justiça mantém prisão de Hugleice por morte de cunhada em aborto malsucedido

A Justiça manteve a prisão preventiva de Hugleice da Silva acusado da morte da cunhada Marielly Rodrigues Barbosa, depois de um aborto malsucedido, em 2011. A defesa havia feito pedido por prisão domiciliar. O despacho com o indeferimento ao pedido da defesa foi publicado, nesta quarta-feira (17). Na decisão o juiz afirma, “os argumentos expendidos […]

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A Justiça manteve a prisão preventiva de Hugleice da Silva acusado da morte da cunhada Marielly Rodrigues Barbosa, depois de um aborto malsucedido, em 2011. A defesa havia feito pedido por prisão domiciliar.

O despacho com o indeferimento ao pedido da defesa foi publicado, nesta quarta-feira (17). Na decisão o juiz afirma, “os argumentos expendidos nas razões recursais não são hábeis para alterar a decisão proferida, de modo que mantenho a decisão de pronúncia, por seus próprios fundamentos”.

No dia 16 de abril, o MP (Ministério Público) se manifestou contrário ao pedido feito pela defesa de Hugleice da Silva, de conversão de prisão preventiva em prisão domiciliar. Segundo o MP, a prisão do acusado se deve pela gravidade dos fatos, e “pela garantia da ordem pública, a qual restou ameaçada em razão da gravidade do delito, de modo que a liberdade de Hugleice trará a sensação de impunidade para a população, bem como este poderá fazer outras vítimas”.

A defesa, porém, alegou que “as somatórias das penas mínimas dos crimes imputados não ultrapassam quatro anos, portanto, de modo que ainda haja a condenação deste pelo Tribunal do Júri, o regime inicial de cumprimento de pena seria diferente do fechado”.

Relembre o caso

O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição.

Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes.

No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly.

Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime

 

 

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