Juiz nega liberdade a presos na Omertà após pedido de uso de tornozeleira

Foi negado pelo juiz da 7º Vara Criminal de Campo Grande, o pedido de liberdade do treinador de cavalos, Luís Fernando da Fonseca e do motorista, Euzébio de Jesus Araújo, os dois funcionários do empresário Jamil Name, que foi transferido para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A defesa dos dois […]

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Foi negado pelo juiz da 7º Vara Criminal de Campo Grande, o pedido de liberdade do treinador de cavalos, Luís Fernando da Fonseca e do motorista, Euzébio de Jesus Araújo, os dois funcionários do empresário Jamil Name, que foi transferido para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A defesa dos dois funcionários pediu pela liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica alegando que eles, apenas, trabalhavam para os Name e não tinham ligação nenhuma com os supostos crimes cometidos pela organização criminosa. Ainda segundo o advogado, Edgar Calixto Paz, a prisão preventiva é desnecessária já que não demonstraram inclinação a fuga.

Mas, em despacho o juiz ressaltou que a medida não está eivada de ilegalidade, portanto, acabou por negar o pedido de liberdade dos dois funcionários do empresário Jamil Name.

Os dois foram presos no dia 27 de setembro deste ano, quando da deflagração da Operação Omertà, que investiga uma milícia de execuções em todo o Estado, especialmente, em Campo Grande onde ocorreram três execuções de Ilson Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

Jamil Name, Jamil Name Filho e os dois policiais civis Marcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’ e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlade’, já ocupam celas do presídio federal de Mossoró.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.