Gaeco adita denúncia e aponta Jamil Name e Filho como chefes do grupo de extermínio
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apresentou nesta quarta-feira (23), um aditamento de denúncia contra Jamil Name, Jamil Name Filho, Márcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’, o guarda-municipal Rafael Antunes, e Vladenilson Daniel Olmedo conhecido como ‘Vlad’, pelos crimes de posse, aquisição, transporte, recebimento e ocultação de ar…
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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apresentou nesta quarta-feira (23), um aditamento de denúncia contra Jamil Name, Jamil Name Filho, Márcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’, o guarda-municipal Rafael Antunes, e Vladenilson Daniel Olmedo conhecido como ‘Vlad’, pelos crimes de posse, aquisição, transporte, recebimento e ocultação de armas de fogo.
A denúncia apresentada nesta quarta (23) pelo MPMS (Ministério Público Estadual) aponta o empresário Jamil Name e seu filho como chefes de um grupo de extermínio responsável por várias execuções no Estado, em especial em Campo Grande.
Ainda segunda a denúncia, Jamil Name conhecido dentro do grupo como ‘Velho’ e o filho chamado de ‘Guri’ estariam envolvidos nos assassinatos de Ilson Figueiredo, morto a tiros de fuzil em junho de 2018, Orlando Bomba morto em outubro de 2018 e Matheus Coutinho assassinado com tiros de fuzil em abril de 2019.
Segundo a denúncia do Gaeco, o empresário e o filho custeavam todas as atividades do grupo fornecendo carros, armamento, imóveis, dinheiro e até proteção. Por fim, foi oferecida denúncia contra os réus e pedido nos casos dos policiais civis a perda do cargo. No caso dos guardas-municipais, eles já haviam perdidos os cargos depois de um procedimento administrativo instaurado.
No dia 15 deste mês, os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) negaram o pedido de habeas do empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, e também dos policiais Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti.
Na última sexta-feira (18), a defesa de Jamil entrou com pedido para que ele não seja transferido para a penitenciária federal de Mossoró. O pedido da defesa é que o empresário permaneça preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, ficando assim, próximo a sua família. Ainda segundo a defesa, Name seria réu primário e teria bons antecedentes, e que sua prisão poderia acarretar na sua morte.
A defesa ainda havia tentado prisão domiciliar para Jamil Name, mas relatório enviado a promotora de justiça, Cristiane Mourão, nesta terça-feira (22) da Penitenciária Federal de Campo Grande afirma que o empresário não necessita de prisão domiciliar, já que executa suas atividades dentro do estabelecimento penal sem a ajuda de nenhuma pessoa.
Segundo o relatório anexado nesta terça (22), Jamil está em período de inclusão que é de 20 dias, para adaptação do recém-incluído no sistema carcerário, sendo que neste período foi submetido a consultas médicas, psicologia e assistente social.
Ainda segundo o relatório, o empresário não apresentou dificuldade que prejudique a sua vida diária, a não ser as naturais decorrentes da idade. Jamil se mostrou todo este tempo apto as realizações das tarefas cotidianas, como alimentação, higiene e deambulação sem o auxílio de nenhuma outra pessoa.
Omertà
O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
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