Justiça mantém absolvição de suspeitos na morte de policial militar em 2014
TJ entende que não há provas que comprovem participação dos réus
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TJ entende que não há provas que comprovem participação dos réus
O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve absolvição de Rafael Fernandes de Quadros e Alexandre Barreto de Castro, o “Alexandrinho”, suspeitos de envolvimento na morte do policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva, no dia 3 de junho de 2014. O julgamento do recurso feito pelo Ministério Público Estadual aconteceu no último dia 22.
De acordo com o advogado Amilton Ferreira de Almeida, que faz a defesa da dupla, em outubro de 2015 a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande já havia inocentado Rafael e Alexandrinho. No entanto, recurso do MPE pedia revisão da decisão e a condenação dos suspeitos.
No entendimento dos desembargadores do TJ que analisaram o recurso, não há provas suficientes que comprovem a participação dos dois na morte do policial e, por isso, a absolvição foi mantida. A sentença cabe recurso ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça).
Caso
Rony foi executado no dia 3 de junho de 2014 enquanto dirigia uma Saveiro, com outro militar, pela BR-262, no Bairro Indubrasil, região oeste de Campo Grande. Um dos suspeitos, o que estava em uma moto, acompanhado de Rafael, Kelvin Willian Santarosa da Silva, de 26 anos,e um adolescente de 17 anos se aproximaram, disparando contra o carro.
O suspeito e Kelvin pilotavam uma Honda Titan, de cor chumbo, e uma Honda Twister, de cor vermelha. Já Rafael e o adolescente eram os garupas e estavam armados com um revólver e uma pistola. Eles teriam efetuado vários tiros contra o carro da vítima e, por haver troca de tiros, a quadrilha acabou fugindo do local.
Prisão
Nas investigações, a polícia descobriu que parte do bando estava em uma residência da Rua Taumaturgo, no Jardim Aero Rancho, região sul de Campo Grande. No imóvel estava o adolescente acompanhado de Kelvin e Rafael quando as equipes do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) chegaram ao local.
Os militares foram recebidos com tiros e houve confronto. O adolescente foi alvejado e socorrido até o HR (Hospital Regional), mas não sobreviveu aos ferimentos. Já os comparsas conseguiram fugir no Kadett. Os dois tentaram fugir para o Paraguai, mas foram abordados e presos na BR-267, em Guia Lopes da Laguna, por uma equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Durante a fuga, Kelvin e Rafael ligaram para outro comparsa, Johny, avisando da troca de tiros e da perseguição. O rapaz “pediu carona” para fugir para o Paraguai, porém a Blazer em que estava foi interceptada perto de Sidrolândia e o suspeito foi preso.
Em depoimento, Kelvin contou que as motos usadas no crime e as armas foram fornecidas por Johny. Além disso, foi pedido para Clebson, que morava em uma casa nos fundos de um estabelecimento comercial na Avenida Raquel de Queiroz, guardar as armas de fogo usadas no crime.
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