Defesa de assassino de Mayara Amaral recorre para adiar júri

A defesa do baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, acusado de matar a marteladas e ocultar o corpo da musicista Mayara Amaral, informou que vai recorrer no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul da decisão que determinou que o acusado seja submetido a júri popular, agendado para o dia 23 de novembro.  Na decisão, […]

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A defesa do baterista Luís Alberto Bastos Barbosa, acusado de matar a marteladas e ocultar o corpo da musicista Mayara Amaral, informou que vai recorrer no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul da decisão que determinou que o acusado seja submetido a júri popular, agendado para o dia 23 de novembro. 

Na decisão, o magistrado, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, pronunciou o réu pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Ele também seria julgado pelos crimes de furto e ocultação/destruição de cadáver, com emprego de fogo.  

Para a defesa, a determinação foi excessiva e Luís Alberto deve ser julgado por homicídio simples. “Queremos o reajuste dessas qualificadoras. A pronúncia do juiz atende mais às fogueiras das vaidades e devem ser reformadas para meu cliente ser submetido ao Tribunal do Júri com justiça”, disse Conrado Passos, advogado do baterista.

Com o recurso da defesa, que deve ser protocolado esta semana no Tribunal de Justiça, o julgamento do acusado deve ser adiado até que a Justiça decida se as qualificadoras são ou não compatíveis ao caso.

Caso

Mayara foi morta a marteladas no dia 25 de julho de 2017 e, segundo um dos suspeitos, também foi esganada. Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos; Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos, foram presos em flagrante pelo crime no dia 26 de julho. Mas, após as investigações, foi concluído que Luis agiu sozinho, roubando R$ 17,3 mil em bens da vítima.

A defesa de Luís teve como estratégia “culpar as drogas” pelo crime. Foi pedido à Justiça que o músico passasse por avaliação de sanidade mental por acreditar que o baterista teria cometido o crime “motivado por um distúrbio muito além de sua vontade”.

Mas, em despacho feito pelo juiz, consta que o Luís não teria afirmado ser total parcialmente incapaz de entender o caráter do ilícito cometido por ele. Ainda segundo o documento, durante o depoimento o acusado teria se mostrado consciente das acusações contra ele, dando detalhes do que tinha acontecido no dia do crime.

 

 

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