Acusado de estupro que apanhou até a morte dividia cela por superlotação em delegacia, diz Sejusp

Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (23), a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que idoso de 73 anos, acusado de estuprar a neta de 11 anos, dividia cela com os 14 presos que o espancaram até a morte por causa de superlotação nas celas da delegacia onde eles estavam, em Dourados.

No texto, a secretaria explica que no sábado (20), ‘Operação Saturação’ cumpriu 40 mandados de prisão e que todos os presos foram levados para a carceragem da delegacia até que fossem transferidos para o presídio.

“Todas as vezes em que alguém é preso por esse tipo de delito, fica em cela separada, porém, como a operação prendeu várias pessoas, o preso foi deixado com internos considerados de baixa periculosidade e orientado a não revelar aos colegas de cela o motivo da prisão, uma vez que as demais estavam lotadas em razão da operação”, diz a nota.

O caso

Foi espancado até a morte por 14 detentos nesta segunda-feira (22), em uma cela da delegacia de Dourados, o idoso de 73 anos acusado de estuprar a neta de 11 anos. A descoberta do crime aconteceu na transferência dos presos nesta segunda.

Ele foi preso durante a Operação Saturação, que ocorreu em setembro deste ano. O idoso estava em uma cela com mais 14 presos, que participaram da sessão de espancamento. A descoberta do crime aconteceu pelos agentes quando estava sendo feita a transferência de presos à PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas a morte foi constatada no local.

Segundo informações, o idoso foi deixado em uma cela com detentos de baixa periculosidade, em vez de ser isolado, como é o que acontece com quem comete crime de estupro.