MP aponta contradições em defesa de segurança acusado pela morte de Paulo Magalhães

Durante julgamento do segurança Antônio Benitez Cristaldo acusado pela morte do delegado Paulo Magalhães, na manhã desta quarta-feira (29), o MP (Ministério Público) afirmou que há contradições tanto no depoimento do réu quanto de uma testemunha arrolada pela defesa. Benitez nega qualquer participação no crime. Ele afirma que no dia do assassinato do delegado, morto em […]

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Durante julgamento do segurança Antônio Benitez Cristaldo acusado pela morte do delegado Paulo Magalhães, na manhã desta quarta-feira (29), o MP (Ministério Público) afirmou que há contradições tanto no depoimento do réu quanto de uma testemunha arrolada pela defesa.

Benitez nega qualquer participação no crime. Ele afirma que no dia do assassinato do delegado, morto em frente à escola da filha em junho de 2013, ele estava jogando carteado na casa de um amigo, onde havia mais 10 pessoas.

Apenas uma destas 10 pessoas, foi arrolada pela defesa do réu. Em depoimento anterior, durante audiências do caso, essa testemunha teria dito que Benitez foi embora de sua casa por volta das 17h30. Porém ao falar novamente em depoimento, ela mudou a versão, e disse que o segurança permaneceu em sua casa até as 16h30.

O promotor afirmou que é estranho que a testemunha tenha se confundido, já que no primeiro horário ainda seria dia e no segundo, noite.

Outra questão indagada pela acusação foi a contradição do réu em relação ao dia em que foi cumprido mandado de busca e apreensão em sua casa, no dia 13 de agosto. Ocasião em que Benitez fugiu.

O acusado contou que estava em uma padaria na esquina de casa e viu várias viaturas na calça da residência e policiais pulando o muro. O réu teria dito antes, que fugiu porque achou que poderiam ser ladrões. Mas no depoimento desta quarta-feira afirmou que não foi até a residência ver o que estava ocorrendo, porque tinha medo de ser torturado pela polícia.

A partir de quebra de sigilos telefônicos durante as investigações, o Ministério Publico afirmou que no dia do crime Benitez fez várias ligações para Rafael Leonardo Santos, outro envolvido no assassinato. Do dia 1° ao dia de abril ao dia 5 de agosto, Benitez teria trocado de celular oito vezes, o que é bastante incomum, segundo a acusação.

O promotor ainda disse, que possui provas testemunhais ‘a rodo’ contra o réu. E pediu para que os jurados julguem os atos praticados pelo segurança, “independentemente da confissão que ele se nega a fazer”, afirmou.

Execução

O delegado Paulo Magalhães foi executado em frente à escola da filha em junho de 2013. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

O delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados pelo guarda municipal que estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Já Antônio Antônio Benitez Cristaldo fazia escolta dos dois em um carro.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto e partes do seu corpo foram jogados próximo ao lixão da Capital. Ele foi carbonizado e decapitado.

Segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, foi eliminado. O corpo dele só pode ser identificado através de exames de DNA.

Foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil. O mandante do crime não foi identificado até hoje. O delegado aposentado fazia denúncias em um site de notícias.

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