TJ entra em polêmica sobre crime envolvendo PRF e repudia OAB-MS

Presidente da Corte falou sobre o caso

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Presidente da Corte falou sobre o caso

Após a morte do empresário Adriano Correia no último dia 31 e prisão do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, responsável pelo assassinato, verdadeira guerra de notas entre entidades começou. Desta vez o presidente do TJ-MS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul), João Maria Lós, emitiu nota de repúdio à OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul).

O desembargador criticou o que classifica como interesse de projeção pessoal perante a sua classe e à sociedade, desconsiderando que os fatos envolvem uma tragédia humana de graves proporções. Diz estar perplexo “com o oportunista comportamento da atual Presidência da OAB/MS, que, descabida e indevidamente, emite notas criticando a atividade jurisdicional do magistrado responsável pelo fato”.

Alega que não cabe à OAB-MS fiscalizar atos jurisdicionais do Poder Judiciário, principalmente quando, sequer, tem legitimidade para intervir no processo. “Entristece, especialmente, o fato de o Presidente da entidade vangloriar-se de que fora a entidade a responsável pela mudança de entendimento do ilustre e culto Magistrado, desconsiderando os mais comezinhos princípios de atividade jurisdicional”.

Destaca, ainda, que a Corte “sempre buscou manter relacionamento respeitoso e de alto nível com a entidade de classe em questão, inclusive prestigiando, em diversas ocasiões, reuniões de Colégio de Presidentes”.

ConfusãoA OAB divulgou nota de repúdio à decisão que soltou Ricardo um dia após ele ser preso pela primeira vez. A manifestação, contudo, foi em resposta à Amansul (Associação de magistrados de Mato Grosso do Sul) que discordou, declarando, entre outras questões, que a Ordem entrou em mérito que não deveria. O impasse todo foi antes de o PRF ser preso novamente, na manhã desta quinta-feira (5), a pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual).

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