Suposto ‘tarado’ em Titan vermelha assusta moradoras de Bairros na Capital
Vítimas do Conjunto União relatam a mesma ação no bairro
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Vítimas do Conjunto União relatam a mesma ação no bairro
Um suposto ‘tarado’ em uma motocicleta Honda Titan de cor vermelha tem se masturbado em frente a mulheres das regiões do Bairro Taveirópolis e Conjunto Residencial União, informa uma publicação no Facebook. O post feito na manhã de ontem, quinta-feira (6), detalhou a ação do suspeito e recebeu muitos comentários, inclusive, de outras vítimas.
A suposta vítima, que teve o nome preservado, saía de casa para a academia quando o portão percebeu o suspeito. A jovem teria trancado o portão novamente e recebido uma ameaçada após fotografar o suspeito.
“Ele desceu da moto e me ameaçou porque tava tirando foto dele, ai logo liguei pro meu pai e falei que tinha um cara aqui, e minhas vizinhas do lado falaram que um cara semelhante já tentou abordar elas voltando da escola, ao que descrevi de moto vermelha, 1,65 ou 1,70 de altura por ai numa Titan vermelha, calça Branca e blusa azul”, publicou.
Na mesma postagem, jovens de outros bairros comentaram a respeito da situação.
“Fez mais que certo mesmo bater a foto, agora você tem ir na delegacia da mulher e registrar o fato”, comentou um jovem. Como resposta, outra usuária ressaltou “Infelizmente é que aqui na minha região tbm”, publicou.
Comportamento criminoso grave
Qualquer tipo de abordagem considerada ofensiva por quem a recebe pode virar caso de polícia. Desde assovios, comentários de sentido sexual, olhares e até mesmo contato indesejado, são uma forma de assédio sexual praticada pelos homens contra mulheres em espaços públicos e podem ser punidos na justiça.
Mesmo assim, as situações são comuns para as mulheres, que viram alvo independente de idade, raça, religião, classe social e principalmente da forma como se vestem ou comportam. Ao caminhar na rua, andar no transporte público, ou mesmo em ambientes de trabalho, 99,6% das mulheres já foram assediadas, segundo estudo do projeto Think Olga com 7.762 brasileiras.
Cerca de 98% delas relatou que a cantada ocorreu na rua, e 64%, no transporte público. Para 83%, a situação é desagradável.
Não é elogio, é crime!
Geralmente, os assediadores tentam justificar o comportamento dizendo que são uma forma de elogio. Não são.
Segundo a pesquisadora Tânia Fontenele, do Instituto de Pesquisa Aplicada da Mulher (Ipam), disse ao Portal Brasil, essa noção é uma mentira. “Não podemos achar que isso é natural ou que esse tipo de comportamento seja elogioso, pois é absolutamente vazio. O que acontece é uma perpetuação de preconceitos machistas, o indivíduo se sente no direito de fazer o que quiser”, explica.
”Isso é uma abordagem desrespeitosa. Na nossa cultura, já está tão naturalizada que as pessoas fazem como se não fosse nada. Não importa a roupa que você esteja vestida, essa postura é absolutamente detestável e não podemos admiti-la”, ponderou a especialista.
Caso de polícia, sempre
As mulheres podem recorrer às delegacias para registrar o boletim de ocorrência contra os agressores. A Defensoria Pública orienta que as vítimas procurem os policiais militares imediatamente. Para que os agentes consigam identificar os autores do assédio, é importante descrever as características físicas e as roupas usadas por ele. O Disque 180 também recebe denúncias de assédio. (Com informações do Portal Brasil)
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