Dona de bar onde garoto bebeu antes de morrer será indiciada por homicídio

Garoto de 17 anos foi ao local com amigos e conseguiu bebida

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Garoto de 17 anos foi ao local com amigos e conseguiu bebida

A proprietária do Bar Fly, estabelecimento localizado na Rua Pajuçara, na Vila Antônio Vendas, em Campo Grande, será indiciada por homicídio culposo pela morte do adolescente, de 17 anos, que morreu após ingerir bebidas alcóolicas, no dia 13 de novembro de 2016, no local, segundo a polícia civil.

No dia do fato, o adolescente disse à mãe que iria até uma lan house para jogar, mas depois de se encontrar com amigos, foi até o bar. Eles foram até uma festa open bar, que acontecia no local.

Chegaram ao local por volta da meia-noite e em determinado momento a vítima disse aos amigos que estava passando mal. O adolescente disse aos amigos que precisava se sentar, cambaleou e desmaiou dentro do bar. Os seguranças foram chamados e acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que encaminhou o jovem ao CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes.

No posto de saúde. o adolescente não resistiu e faleceu. A mãe foi avisada e também prestou depoimento à polícia, e afirmou que o filho não fazia uso de entorpecentes.

Um dos amigos da vítima, que também estava no bar no dia do incidente, disse que o adolescente ingeriu muitas bebidas alcoólicas. Ele disse à polícia que chegou a alertar o amigo dizendo para ele ‘ir devagar’ e que também nunca viu o adolescente beber daquele jeito.

A proprietária será indiciada no artigo 243, do Eca (Estatuto da Criança e do Adolescente), que dipõe:

Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: Pena – detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. 

Exames

Foram coletados fragmentos do coração, pulmão, fígado, cérebro, sangue e urina do adolescente, sendo levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para exames que iriam atestar se o adolescente teria feito uso de entorpecentes na noite em que morreu, após passar mal pela ingestão de bebidas alcóolicas.

 

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