No Presídio de Segurança Máxima

não ficou de fora das comemorações ao aniversário do PCC (Primeiro Comando da Capital). Fotos que circulam pela internet mostram os internos do Presídio de Segurança Máxima fazendo festa na última quarta-feira (31) para celebrar os 23 anos da facção, criada por detentos do Anexo da Casa de Custódia de Taubaté em 1993.

Os registros foram feitos de um celular, pelo detento Alexandre Barreto de Castro, de 21 anos, que cumpre pena por latrocínio, roubo seguido de morte. As fotos foram enviadas a um grupo de WhatsApp e segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, a festa foi regada a bebidas alcoólicas. Os presos ainda comemoraram com cantos alusivos à facção que foram enviados ao mesmo grupo por mensagens de áudio “Por isso eu vou mandar assim, Primeiro Comando, PCC até o fim”, cantam.

‘Alexandrinho'

No dia 3 de junho de 2014, Alexandre Barreto, o ‘Alexandrinho' participou de um assalto que terminou com a morte do policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva, na rotatória do Indubrasil.

No dia do crime, ele e outros três comparsas estariam em duas motocicletas quando abordaram o veículo do policial militar, uma Saveiro, para roubar um malote de uma empresa de bebidas que era transportado por Rony. Após investigações, Alexandre foi preso no Bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande, no dia 26 de julho.

Houve troca de tiros com policiais e ele chegou a ser ferido no pescoço. Alexandre foi internado na Santa Casa de Campo Grande, com ferimento grave e chegou a ficar em coma. Dois meses e meio depois ele recebeu alta e foi levado ao Presídio de Segurança Máxima, onde cumpre pena.

Aniversário do PCC

Detentos de várias unidades penais de Mato Grosso do Sul teriam realizado festas na quarta-feira em comemoração ao aniversário do PCC. O atentado contra o agente penitenciário Enderson Bogas Severi, de 34 anos, em Naviraí, cidade a 359 quilômetros de Campo Grande, seria um ataque planejado, também como parte das comemorações pelo aniversário da facção.

Data

A facção foi criada por oito detentos durante uma partida de futebol na quadra do Piranhão, conhecida por receber condenados que cometeram crimes de grande repercussão. Transferidos da capital de São Paulo para lá como castigo por mau comportamento, eles resolveram batizar o time deles como Comando da Capital.

Ainda no início da facção, o time de criminosos dizia que ela havia sido criada para “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e também “para vingar a morte dos 111 presos”, em 2 de outubro de 1992, no episódio que ficou conhecido como “massacre do Carandiru”, quando homens da PM mataram presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo.