Presídio onde está brasileiro acusado de matar Rafaat tem rebelião

Policiais tentam negociar com presos que fizeram agentes reféns

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Policiais tentam negociar com presos que fizeram agentes reféns

Uma rebelião foi desencadeada na manhã desta quarta-feira (12) na Unidade Prisional de Segurança Máxima de Tacumbú, em Assunção, Capital do Paraguai. É nesse presídio que está o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, acusado pelas autoridades paraguaias de ter efetuado os disparos de metralhadora antiaérea calibre .50 que mataram o narcotraficante Jorge Rafaat Tounami, o “Rei da Fronteira”, no dia 15 de junho.

De acordo com o jornal ABC Color, o clima no presídio de segurança máxima é de tensão. Nesse local também cumpre pena Jarvis Chimenes Pavão, apontado pelas investigações da Justiça paraguaia como possível mandante do crime executado pelo brasileiro em Pedro Juan Caballero, a 500 metros da fronteira com Ponta Porã, município sul-mato-grossense distante a 313 de Campo Grande.

O jornal paraguaio informou que nesta manhã de quarta-feira a polícia reforçou a segurança dentro e fora da Unidade Prisional onde agentes penitenciários foram feridos e feitos reféns no pavilhão número 5. A imprensa local afirma que no local estão presos ligados a facções criminosas do Brasil, dentre as quais a qual as autoridades dizem fazer parte o brasileiro Sérgio Lima dos Santos.

Pelotões da FOPE (Força Operacional de Polícia Especializada) entraram em parte do presídio, segundo o ABC Color. Equipes tentam negociar com presos que por volta das 7h atacaram dois agentes penitenciários e os fazem reféns até agora.

Sérgio Lima dos Santos foi transferido para Tacumbú no dia 5 deste mês, por determinação da Justiça do Paraguai. Ele estava em outra unidade prisional, numa sela improvisada, já que havia sido ferido no pescoço durante o confronto com seguranças de Rafaat no dia do crime, conforme as autoridades do país vizinho. Recentemente, o advogado que defende o brasileiro descartou que houvesse risco de uma tentativa de matar seu cliente para evitar vazamento de informações sobre a atuação das facções criminosas do Brasil na região de fronteira.

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